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Juros bancários continuam altos

Os juros cobrados pelos bancos recuaram um pouco em junho, mas ainda estão altos demais. O consumidor deve fugir do cheque especial. As taxas cobradas passam de 10% ao mês.

Por Agencia Estado
Atualização:

Pesquisa realizada pelo Procon-SP mostra que os juros das operações de crédito ainda continuam elevados. No caso do cheque especial, a taxa média mensal foi de 9,16% em junho contra 9,20% em maio. No caso do empréstimo pessoal, os juros estão na casa dos 4,48% neste mês contra 4,55% em maio. As taxas continuam altíssimas apesar do pequeno recuo. Se compararmos esses números com a inflação prevista de 5% ao ano, percebemos o tamanho do problema. Além disso, o dinheiro emprestado é aquele que o banco capta em títulos emitidos pela própria instituição - Certificado de Depósito Bancário (CDB). Para se ter uma idéia, a média de rendimento dessa aplicação para grandes quantias é de 17,87% ao ano. No cheque especial, a taxa de juros anual é de 186,26%. Verificou-se que, entre os 14 bancos pesquisados, a maior taxa mensal praticada para o cheque especial é do Santander - 10,65%. A menor, de 8,20%, está sendo cobrada pela Caixa Econômica Federal (CEF) e Nossa Caixa Nosso Banco. A única alteração promovida em relação à pesquisa de maio foi observada no BBVA, que alterou a taxa mensal de 9% para 8,50%, uma queda de 0,50 pontos percentuais. Com relação ao empréstimo pessoal, a maior taxa mensal verificada foi de 4,90%, nos bancos Itaú e Real. A menor foi de 3,39%, no BBVA. As duas quedas observadas para esta modalidade de financiamento se deram na Caixa Econômica Federal e no Santander. A CEF alterou de 5,85% para 4,65% a taxa mensal. No Banco Santander, os juros passaram de 4,70% para 4,50% ao mês. A Nossa Caixa Nosso Banco foi a única instituição, entre as pesquisadas neste mês, a elevar a sua taxa de juros para o empréstimo pessoal. Eles pularam de 4,20% para 4,70% ao mês. Comprar sem fazer dívidas Técnicos do Procon-SP sugerem que, sempre que possível, o consumidor deve evitar essas linhas de crédito. A melhor coisa a fazer é adiar as compras. Outra alternativa mais barata para o consumidor é retirar quantias de aplicações financeira para fazer uma compra que seja indispensável ou então para saldar dívidas. Isso porque no mês de maio a aplicação que pagou o maior rendimento foi o dólar paralelo, acumulando valorização de 2,51% no período. Porcentagem bem inferior às cobradas nas operações de crédito. Os bancos que fizeram parte da coleta foram: Banco Bilbao Vizcaya Argentaria-BBVA, Banco do Brasil, Bandeirantes, Banespa, BCN, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Mercantil Finasa SP, Nossa Caixa Nosso Banco, Real, Santander e Unibanco. Veja no link abaixo a pesquisa completa do Procon.

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