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Juros continuarão caindo, diz Meirelles

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, acredita que os juros continuarão em queda no Brasil nos próximos meses. Em palestra no seminário organizado pelo grupo Euromoney, que está sendo realizado no Rio, Meirelles afirmou que o fator principal para a redução do spread bancário no Brasil é a queda na relação dívida pública sobre o PIB. Ele considera que o governo está "no caminho correto" e já demonstrou que será capaz de reduzir essa relação projetando queda de dos 55% atuais para 40% em 2011. Além disso, segundo ele, o governo está trabalhando sobre outros fatores visando o mesmo objetivo. Meirelles mencionou a reformulação da lei de falências, o fortalecimento do microcrédito, o aumento da concorrência bancária e o aumento da credibilidade da política monetária. Na sua palestra, Meirelles observou que o Tesouro nacional está conseguindo atingir o superávit primário de 4,25% do PIB este ano sem recorrer a receitas extraordinárias. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que não se surpreenderá se o Brasil encerrar o ano com superávit na rubrica contas correntes do balanço de pagamentos. Ele informou que a projeção oficial do Banco Central é de déficit de US$ 1,2 bilhão para 2003. Mas observou que a balança comercial tem apresentado resultados tão bons que surpreenderam o governo. Na avaliação de Meirelles, o ajuste que foi feito nas contas externas foi "estrutural" e deve ser mantido. Ele disse que o País perdeu cerca de US$ 30 bilhões de linhas de crédito internacionais no ano passado. Além disso, houve uma redução substancial dos investimentos diretos, que ele projeta que devem ficar em US$ 10 bilhões em 2003. Os financiamentos externos, segundo ele, estão retornando aos níveis pré-crise e os investimentos externos devem atingir US$ 13 bilhões em 2004, permitindo que o Brasil inicie a recomposição das reservas cambiais. Fiscalização O Banco Central está trabalhando com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para fiscalizar a existência de prática oligopolistas no mercado financeiro brasileiro, disse Meirelles. Segundo ele, o Banco Central já faz averiguações regulares sobre os bancos, mas agora vai trabalhar em conjunto com o Cade para fiscalizar o setor.

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