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Juros e câmbio recuam com o petróleo

O preço do petróleo continua em queda e puxa a baixa das cotações dos juros e câmbio. A Bolsa opera em baixa, influenciada pelo recuo do valor das ações da Petrobras.

Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar do recuo no preço do petróleo, os investidores mantiveram-se apáticos durante a manhã. Há pouco, em Londres, os contratos do barril de petróleo bruto, com vencimento em novembro, estavam cotados a US$ 33,00 - uma queda de 0,74% em relação aos últimos negócios de ontem. A queda do preço é atribuída a vários fatores, como a possibilidade de os EUA colocarem suas reservas estratégicas no mercado durante o inverno, a menor especulação após o vencimento dos contratos futuros que tinham vencimento em outubro e a proximidade da reunião de cúpula da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) na próxima semana. Mas, de acordo com analistas, as incertezas em relação ao cenário externo continuam e uma alta do preço do combustíveis é dada como certa. Com o recuo dos índices inflacionários, porém, isso não será uma ameaça expressiva às metas de inflação. Esse ano ela está definida em 6% e, no próximo, 4%, com possibilidade de variação de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo. Apesar da manutenção da taxa básica de juros - Selic - em 16,5% ao ano definida ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom), os analistas continuam acreditando em novos cortes da Selic ainda esse ano. Essa perspectiva é percebida nos contratos futuros de juros. No início da tarde, os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 17,190% ao ano, frente a 17,320% ao ano registrados ontem. No mercado acionário, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta de 0,36%. O desempenho negativo do Ibovespa - Índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bovespa - é influenciado pela queda das ações da Petrobras. Nos últimos dias, com a alta do preço do petróleo, os papéis da companhia tiveram forte valorização. Com o preço do barril em queda, elas devolveram parte dos ganhos. As ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Petrobras estão em baixa de 2,68% e as preferenciais (PN, sem direito a voto) recuam 2,07%. No mercado cambial, o recuo do preço do petróleo favoreceu a queda das cotações do dólar. Há pouco, a moeda norte-americana era vendida a R$ 1,8510 - uma queda de 0,27% em relação aos últimos negócios de ontem.

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