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Juros norte-americanos sobem para 3,75% ao ano

Alguns analistas acham que após a alta de hoje o banco central americano fará uma pausa em seus ajustes gradativos até que a economia absorva todo o impacto do Katrina. A evolução dos juros nos EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

O Banco Central dos Estados Unidos (Fed) decidiu hoje elevar o juro básico do país em 0,25 ponto porcentual. Com esta decisão, que já era esperada pelo mercado financeiro, as taxas norte-americanas passam de 3,50% para 3,75% ao ano. Com esta taxa, os juros nos Estados Unidos mantêm a tendência de alta iniciada em julho de 2004, quando foram elevados de 1% para 1,25% ao ano. De lá para cá, todos os meses o banco central norte-americano decidiu por aumentar os juros no país, acumulando uma alta de 2,75 pontos porcentuais. Em comunicado divulgado ao final da reunião, o Comitê de Mercado Aberto do Fed disse que observa com muita atenção a evolução da inflação e da despesa dos consumidores. Segundo o Federal Reserve, "a produção parecia encaminhada a um crescimento em bom ritmo antes do custo trágico do furacão Katrina", que em 29 de agosto devastou os estados da Louisiana, do Mississippi e do Alabama. "A devastação generalizada na região do Golfo (do México), o transtorno da atividade econômica ligado a essa devastação, e o aumento dos preços da energia significam que a despesa, a produção e o emprego terão retrocessos no curto prazo", acrescentou. O Federal Reserve, no entanto, considera que "apesar de estes eventos infelizes terem aumentado a incerteza acerca do desempenho econômico no curto prazo, eles não representam uma ameaça mais persistente". Decisão esperada A maioria dos analistas esperava este ajuste da política monetária, o décimo primeiro desde junho de 2004, quando, após manter as taxas básicas de juros em seus níveis mais baixos desde 1958, o Fed iniciou aumentos gradativos, de um quarto de ponto percentual, para conter o aumento da inflação. No entanto, alguns analistas acham que após a alta de hoje o banco central americano fará uma pausa em seus ajustes gradativos até que a economia absorva todo o impacto do Katrina.

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