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Juros para empréstimo pessoal são os menores em cinco anos

Segundo pesquisa do Procon-SP, os juros para essa modalidade atingiram a taxa de 5,21% ao mês em outubro

Por Anne Warth e da Agência Estado
Atualização:

A taxa média de juros para empréstimos pessoais atingiu neste mês o menor nível dos últimos cinco anos. Segundo pesquisa realizada pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de São Paulo, os juros para essa modalidade chegaram a 5,21% ao mês, uma redução de 0,06 ponto porcentual em relação ao registrado em setembro e uma taxa superior apenas à verificada em outubro de 2004 (5,19%). Essa taxa de 5,21% ao mês equivale a juros de 83,84% ao ano.

 

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As menores taxas para essa modalidade de crédito foram encontradas na Caixa Econômica Federal (4,39% ao mês), Banco do Brasil (4,48%) e Nossa Caixa (também 4,48%). A maior foi a do Real (6% ao mês). Para esta modalidade, o Procon utilizou como base de comparação as taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais em contratos de empréstimos de 12 meses.

 

A taxa média de juros do cheque especial ficou em 8,79% ao mês, a mesma dos meses de agosto e setembro. Nesse caso, o Procon utilizou como base o período de 30 dias. Os menores juros para essa modalidade de crédito também foram os cobrados pela Caixa (6,75% ao mês), Banco do Brasil (7,65%) e Nossa Caixa (7,65%). A maior foi a oferecida pelo Safra (12,30% ao mês). Anualizada, a taxa média para cheque especial de outubro de 8,79% ao mês corresponde a juros de 174,74%.

 

No comunicado, o Procon alerta que as taxas de juros cobradas pelos bancos em empréstimos continuam elevadas e não caíram na mesma proporção da Selic ao longo do ano. A entidade recomenda que os empréstimos sejam tomados apenas em caso de necessidade para não se transformarem em uma armadilha para o consumidor.

 

"Embora haja correlação entre os movimentos da taxa Selic e os movimentos das taxas cobradas do tomador de crédito, os juros ainda não responderam proporcionalmente à queda da taxa básica. A concorrência vem aumentando, puxada pelos bancos públicos, mas o consumidor continua pagando caro pelo dinheiro", afirma a nota.

 

O levantamento foi feito no dia 14 de outubro com dez instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.

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