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Juros para o crédito continuam salgados

Em maio, os juros ao consumidor caíram: crédito pessoal, de 68,1% para 66,9%; e cheque especial, de 152,3% a 140,9 ao ano. Apesar serem as mais baixas desde o início do Plano Real, ainda estão altas, se comparadas aos juros nos investimentos.

Por Agencia Estado
Atualização:

O Banco Central (BC) anunciou queda nas taxas de juros para operações de pessoa física - aquisições de bens, cheque especial e crédito pessoal. O saldo das operações de crédito entre abril e maio aumentou 6,6%. As taxas médias de juros para pessoa física caíram de 77,8% para 74,1%. O motivo foi a redução do spread -diferença entre o juro cobrado e o juro pago pelas instituições financeiras - de 59,8% para 55,9% ao ano. No cheque especial, os juros médios do cheque especial caíram de 152,3% para 140,9% ao ano. O spread dos bancos foi de 122,7% em maio, frente a 134,2% em abril. Vale lembrar que o custo médio do cheque especial ainda é maior do que o observado em dezembro de 1999 (138,8%). Com a queda, o saldo das operações de cheque especial cresceu 3,8% em maio, menor que o das demais operações. A queda dos juros médios das operações de crédito pessoal foi de 68,1% para 66,9% ao ano. Entre outubro passado e maio deste ano, esses juros apresentaram redução acumulada de 27,1%. A queda do spread no mês foi de 50,1% para 48,7%. O saldo das operações de crédito pessoal tiveram um crescimento de 6,3% e as operações de crédito para aquisição de bens por pessoas físicas tiveram um crescimento de 9,9%. Taxas continuam muito elevadas Apesar da queda nos juros, o crédito ainda é muito caro para o consumidor. O dinheiro que o banco empresta ao cliente é o mesmo que ele capta na venda de seus papéis, no caso os Certificados de Depósitos Bancários (CDB). Para se ter uma idéia, o CDB paga rendimento anual de 17,80% para grandes quantias. No cheque especial, o cliente gasta, no mínimo, 140,9% ao ano com o pagamento de juros. Para fugir das altas taxas cobradas nas operações de crédito, o consumidor deve evitar as compras a prazo. Comprar a prazo somente é bom negócio quando o juro é menor do que o consumidor pode obter em alguma aplicação financeira. Ou quando para comprar à vista o consumidor é obrigado a mexer em aplicação financeira e perder rendimento absoluto (em moeda) maior do que o juro cobrado. Veja mais informações sobre compras no link abaixo. Também confira as taxas de juros em diversos bancos, de acordo com a pesquisa do Banco Central.

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