O juro no País pode subir, no longo prazo, caso a prorrogação da CPMF não seja aprovada no Senado e o governo não corte as despesas na mesma proporção, afirmou o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, em depoimento a comissões do Congresso nesta terça-feira, 30. Veja também:Entenda a cobrança da CPMF Ministros fecham proposta do PSDB para votar CPMF Entenda a Emenda 29, que prevê mais recursos para saúde Maioria dos governadores se alinha a Lula em esforço a favor da CPMF Veja os 5 pontos apresentados pelo PSDB para negociar a CPMF "Se (a não aprovação da CPMF) levar a uma diminuição do superávit primário, isso vai significar que a dívida pública vai continuar a crescer e vai aumentar os juros a longo prazo. Não há impacto direto, depende de um conjunto de coisas", afirmou Meirelles a deputados e senadores, na Câmara. O presidente do BC frisou que do ponto de vista da definição da política monetária, o relevante é que o cumprimento do superávit primário seja garantido. Mas alertou para os riscos de perda de receita. "Se o setor público deixar de ter um fonte importante de receita, certamente isso terá impacto na despesa... isso certamente terá impacto para a sociedade", completou. A proposta de prorrogação da CPMF até 2011, com alíquota de 0,38%, já foi aprovada na Câmara e o governo enfrenta agora uma longa negociação com a oposição para conseguir aprovar a proposta de emenda constitucional (PEC) no Senado até dezembro. A CPMF, conhecida como o imposto do cheque, rende anualmente cerca de R$ 38 bilhões aos cofres públicos.