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Juros podem subir se CPMF não for aprovada, diz Meirelles

Presidente do BC alerta que sem CPMF superávit primário pode cair e, com dívida pública maior, juros sobem

Por Isabel Versiani e da Reuters
Atualização:

O juro no País pode subir, no longo prazo, caso a prorrogação da CPMF não seja aprovada no Senado e o governo não corte as despesas na mesma proporção, afirmou o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, em depoimento a comissões do Congresso nesta terça-feira, 30. Veja também:Entenda a cobrança da CPMF  Ministros fecham proposta do PSDB para votar CPMF Entenda a Emenda 29, que prevê mais recursos para saúde  Maioria dos governadores se alinha a Lula em esforço a favor da CPMF Veja os 5 pontos apresentados pelo PSDB para negociar a CPMF "Se (a não aprovação da CPMF) levar a uma diminuição do superávit primário, isso vai significar que a dívida pública vai continuar a crescer e vai aumentar os juros a longo prazo. Não há impacto direto, depende de um conjunto de coisas", afirmou Meirelles a deputados e senadores, na Câmara. O presidente do BC frisou que do ponto de vista da definição da política monetária, o relevante é que o cumprimento do superávit primário seja garantido. Mas alertou para os riscos de perda de receita. "Se o setor público deixar de ter um fonte importante de receita, certamente isso terá impacto na despesa... isso certamente terá impacto para a sociedade", completou. A proposta de prorrogação da CPMF até 2011, com alíquota de 0,38%, já foi aprovada na Câmara e o governo enfrenta agora uma longa negociação com a oposição para conseguir aprovar a proposta de emenda constitucional (PEC) no Senado até dezembro. A CPMF, conhecida como o imposto do cheque, rende anualmente cerca de R$ 38 bilhões aos cofres públicos.

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