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Juros recuam na véspera do Copom; dólar fecha em queda

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa de 1,37%. As ações da Sadia, empresa que anunciou ontem a oferta para a compra da Perdigão, fecharam em alta

Por Agencia Estado
Atualização:

Na véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que reavaliara a Selic, a taxa básica de juros da economia, as taxas recuaram no mercado de juros futuros. Os contratos com vencimento em janeiro de 2008, um dos mais negociados, encerrou a sessão com taxa mais baixa de 14,81% ante 14,90% ao ano na sexta-feira passada. Já o dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 2,2050 na ponta de venda das operações, em baixa de 0,36% em relação aos últimos negócios de Sexta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa de 1,37%. Com esse resultado, a bolsa passou a acumular baixa de 4,81% em julho e alta de 4,22% em 2006. O movimento financeiro ficou em R$ 2,379 bilhões, sendo que R$ 449 milhões corresponderam ao exercício de opções sobre ações - operações do mercado futuro. As ações da Sadia, empresa que anunciou ontem a oferta para a compra da Perdigão, fecharam em alta. As preferenciais (PN, sem direito a voto) subiram 8,77%, enquanto as ordinárias (ON, com direito a voto) apresentaram valorização de 1,86% nesta segunda-feira. As ordinárias da Perdigão subiram 17,61%. A Sadia quer comprar 100% das ações da Perdigão por R$ 3,7 bilhões e tornar-se um grande competidor mundial na produção de carnes e suínos industrializados. O objetivo é enfrentar gigantes do setor, como a americana Tyson Foods, que fatura US$ 26 bilhões e ameaça chegar ao Brasil. Hoje a empresa faz uma oferta pública de mercado para adquirir no mínimo 50% mais uma das ações da Perdigão. É a primeira vez no mercado brasileiro que uma companhia faz uma oferta pública por outra. A Sadia está disposta a pagar R$ 27,88 por ação, o que representa um prêmio de 35% sobre a média dos preços dos papéis da Perdigão nos últimos 30 dias, conforme a regra acertada com a entrada da empresa no Novo Mercado Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A maior parte dos recursos (R$ 2,7 bilhões) virá de um empréstimo do banco ABN Amro. A Sadia tem mais R$ 1 bilhão em caixa para usar na proposta. O prazo máximo para que os acionistas da Perdigão dêem sinal verde à transação é 24 de outubro. Se o negócio se confirmar, nascerá uma gigante do setor de aves e suínos, com receitas líquidas de R$ 12 bilhões, 26 fábricas, 81 mil funcionários e 16 mil produtores integrados. Metade do faturamento da nova companhia virá das exportações. Atualmente, tanto Sadia como Perdigão exportam para cerca de cem países. Petróleo Os preços dos combustíveis fecharam hoje em queda generalizada, especialmente os do Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve), que bateu recorde na sexta-feira, de US$ 78,40. Hoje, ao término da sessão regular no New York Mercantile Exchange (NYMEX), os contratos futuros do produto para entrega em agosto recuaram US$ 1,73, para US$ 75,30 o barril. Os mercados seguem atentos ao conflito entre Israel e Líbano, frente ao temor de que a escalada da violência possa ser estendida ao resto do Oriente Médio, onde é produzida a maior quantidade de petróleo no mundo. Hoje, no sexto dia de ofensiva, a milícia libanesa do Hezbollah voltou a atacar a cidade de Haifa, além de outras do norte de Israel, que, por sua vez, intensificou bombardeios contra o Líbano, enquanto aumentaram as gestões diplomáticas para deter a violência. Após os foguetes que no último domingo deixaram oito mortos em Haifa, o Hezbollah lançou um segundo ataque com mísseis contra a cidade, embora aparentemente sem deixar vítimas. A população local se mantém nos refúgios e abrigos especiais de defesa. Durante a madrugada, o Exército israelense disparou contra cerca de 50 alvos, entre eles o porto de Beirute e, de novo, o aeroporto da capital, deixando pelo menos 17 mortos e 50 feridos. Apesar do aumento da violência, os preços do petróleo começaram a cair depois que o canal de televisão "10" de Israel disse que o Governo do país pode ordenar o fim dos ataques em alguns dias. O Governo de Israel desmentiu a informação, mas isso não impediu que houvesse uma queda do preço do petróleo. Os temores frente à hipótese de outros países da região tomarem parte no conflito seguem presentes, especialmente pelas acusações de Israel contra a Síria e o Irã, que dizem respeito a apoios ao movimento Hezbollah em sua guerra não declarada com Israel.

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