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Juros são altos para o consumidor

Pressão nos juros básicos tem reflexos sobre as taxas ao consumidor. Com o otimismo em relação à economia americana e ao pacote argentino, bancos e financeiras desistem de aumentar taxas. Na verdade, elas já estão muito salgadas.

Por Agencia Estado
Atualização:

A melhora no cenário externo desestimulou bancos e financeiras a elevarem suas taxas de juros. A Losango, líder do mercado com uma carteira de R$ 1,5 bilhão, decidiu aguardar até a próxima semana para decidir se vai mexer na taxa. Até o mês passado, a trajetória era de queda, por causa da redução de 0,60 ponto porcentual na inadimplência no primeiro trimestre O presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimentos (Acrefi), Henrique Pereira Gomes, diz que o custo do crédito ao consumidor vai cair, a médio prazo, com a redução de custos promovida pelas financeiras. Taxas para crédito ao consumidor estão muito elevadas O crédito ao consumidor no País ainda é muito caro. O empréstimo pessoal - modalidade de crédito que apresenta os juros mais baixos do mercado - oferece taxas em torno de 70,56% ao ano, de acordo com dados do Procon-SP. No cheque especial o consumidor paga taxas salgadas de 187,52% ao ano. Se considerarmos que os bancos oferecem ao cliente o dinheiro que ele capta junto aos investidores, pagando taxas em torno de 16,97% ao ano para grandes quantias, nos Certificados de Depósito Bancário, ainda há muito a ser reduzido. Os bancos alegam que essa diferença, o chamado spread bancário, é alto devido à inadimplência de alguns clientes.

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