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Justiça abre ação contra ex-diretores do Bemge

Por Felipe Recondo
Atualização:

A Justiça Federal em Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público Federal em Belo Horizonte (MG) e abriu ação penal contra quatro ex-diretores do antigo Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), privatizado em 1998 no governo Fernando Henrique Cardoso. Um dos réus, José Afonso Bicalho, já responde à ação penal do mensalão tucano no Supremo Tribunal Federal (STF) por peculato. Ele é acusado de ter repassado R$ 500 mil para a empresa SMPB, do empresário Marcos Valério, apontado como um dos operadores do mensalão tucano, montado durante a campanha de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao governo do Estado. Bicalho, Ênio Pereira Botelho, Luiz Alberto Rodrigues e Ronaldo Lamounier Lacatelli responderão criminalmente por gestão temerária de instituição financeira, cuja pena varia de dois a oito anos de reclusão. As irregularidades no Bemge foram descobertas durante o processo de privatização. A situação financeira do banco levou o governo a injetar R$ 1,5 bilhão na instituição para viabilizar sua venda. O Banco Central, então, fez uma auditoria na instituição para investigar as razões da péssima situação financeira do banco. Nessa apuração, o BC detectou inúmeras irregularidades nas decisões da diretoria do Bemge entre 1994 e 1998. De acordo com as investigações, a diretoria do banco autorizava empréstimos, por exemplo, sem que fossem avaliadas as garantias e a condição financeira do cliente.

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