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Justiça bloqueia R$ 1 mi do caso Panamericano

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Por Fausto Macedo
Atualização:

A Justiça Federal em São Paulo bloqueou transferência bancária de R$ 1 milhão que um dos investigados do caso Panamericano pretendia realizar. Mesmo com os bens e ativos confiscados, o executivo Marcos Augusto Monteiro, assessor da diretoria para gestão das carteiras de crédito cedidas, tentou depositar o valor na conta de seu pai.A operação foi interceptada porque o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) comunicou a Justiça, durante o recesso do fim de ano, que um dos alvos da Polícia Federal solicitou o deslocamento do recurso. O Coaf fora alertado pela instituição onde Monteiro mantém conta.A ordem de bloqueio foi dada pelo juiz Fausto Martin De Sanctis, titular da 6.ª Vara Criminal Federal. Em dezembro, De Sanctis determinou o congelamento das contas dos integrantes da cúpula do Banco Panamericano.O juiz assinalou que a medida busca assegurar eventual ressarcimento às pessoas físicas e jurídicas lesadas, impedir a ocultação de recursos supostamente desviados, interromper a continuidade de "eventual prática delitiva" e evitar perigo à ordem econômica pela circulação de bens tidos por ilícitos.O sequestro de valores foi requerido pela Polícia Federal no inquérito sobre operações do Panamericano que teriam violado a Lei 7492/86 (crimes contra o sistema financeiro).O Banco Central retransmitiu a ordem de bloqueio simultaneamente à toda a rede bancária. Qualquer movimentação atípica é imediatamente informada ao Coaf. Além de Monteiro, estão com os bens indisponíveis outros sete dirigentes e ex-administradores do Panamericano: Rafael Palladino, ex-diretor superintendente do banco; Wilson Roberto de Aro, ex-diretor financeiro; Adalberto Savioli, diretor de crédito; Eduardo de Ávila Pinto Coelho, diretor de tecnologia da informação; Luís Sandoval, do conselho de administração; Marco Antônio Pereira da Silva, chefe do departamento de contabilidade e responsável pelas demonstrações financeiras; e Cláudio Sauda Baracat, da área de controladoria, contabilidade geral e fiscal, security office, orçamentos e planejamento.Para o juiz De Sanctis , a medida é necessária "como forma de impedir que desapareçam recursos porventura desviados do Panamericano, e que se refiram a bens, direitos ou valores dos investigados, ou existentes em seu nome, que sejam objetos dos supostos crimes".

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