A Justiça acatou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) em Petrolina (PE) e condenou 14 pessoas envolvidas em fraudes bancárias praticadas por meio da internet. Entre os condenados, 11 integravam uma quadrilha especializada em furtar dinheiro de contas correntes bancárias e três são policiais civis, que receberam propina de R$ 45 mil para permitir a fuga do grupo em Petrolina, durante as investigações. O grupo criava sítios bancários falsos e utilizava programas espiões, denominados "cavalos de tróia", trojans ou spywares, que capturavam dados bancários (contas e senhas) e os remetiam aos operadores do sistema. Com essas informações, acessavam os sistemas bancários e realizavam transferência de valores para outros correntistas, que atuavam como "laranjas". Esses terceiros forneciam suas senhas e contas em troca de pagamento que variava de R$ 200 a R$ 500. A quadrilha foi descoberta por meio da Operação Carranca de Tróia, deflagrada pelo MPF e pela Polícia Federal. Apenas alguns dos réus terão direito a apelar em liberdade. O Ministério Público Federal irá recorrer da decisão judicial, em razão da absolvição de dois dos acusados, e para aumentar as penas dos policiais civis e dos membros da quadrilha que foram condenados.