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Justiça dos EUA vai investigar fraude contábil na Enron

Por Agencia Estado
Atualização:

O Departamento de Justiça norte-americano informou que uma força-tarefa foi criada para prosseguir com a investigação criminal sobre a Enron Corp., a qual deve centrar-se sobre possível fraude contábil. A investigação será realizada pela divisão criminal do Departamento de Justiça, coordenando promotores em Nova York, São Francisco, Houston, segundo o Wall Street Journal. A SEC (comissão de valores mobiliários nos EUA), que vem investigando a Enron desde outubro último e o Departamento de Justiça podem ambos iniciar processo alegando violações às leis de valores mobiliários, caso seja descoberto que a Enron omitiu intencionalmente as suas condições financeiras aos seus investidores. Vários comitês do Congresso norte-americano também já iniciaram várias investigações em vários aspectos sobre o colapso da Enron. A confirmação da investigação foi feita mesmo após dezenas de firmas solicitarem ao juiz do tribunal de falências que interrompesse temporariamente a venda das atividades de energia da Enron. O tribunal aprovou um processo de leilão no dia 19 de dezembro, cujo resultado sobre o comprador vencedor será conhecido amanhã. As operações de energia da Enron, que ainda possuem um quadro de cerca de 1 mil pessoas, receberam ofertas do Citigroup Inc., UBS AG e BP PLC, dizem fontes. Contudo, vários credores solicitaram ao tribunal que adiasse a venda indefinidamente. A lista inclui instituições financeiras tais como Royal Bank of Scotland PLC e GE Capital Corp, e concorrentes do setor, Mirant Corp., El Paso Merchant Energy LP e Aquila Inc., unidade da Utilicorp United Inc. A Aquila Inc. não se opõe à venda, mas garante que a Enron registrará os recursos obtidos com a venda em uma conta de depósito em garantia até se determinar como esses recursos serão divididos entre os credores. A Mirant Corp. declarou que os materiais sobre as vendas circulados pela Enron "carecem de uma oferta mínima, levantando a questão sobre a existência de uma oferta simplesmente muito baixa de ser aceita ou se os devedores estão se preparando para vender a qualquer preço". As empresas que contestam a venda questionam quem seria responsável pelo passivo excluído da venda. As informações são da agência Dow Jones.

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