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Justiça obriga Nuclemon a mudar plano de saúde

Por AE
Atualização:

Os ex-funcionários da estatal Nuclemon (hoje Indústrias Nucleares do Brasil, INB, processadora de vários materiais radioativos) devem finalmente receber um plano de saúde válido em São Paulo, cidade onde moram. A Justiça determinou que a empresa entregue, em até 15 dias, um novo convênio, sob pena de multa diária de R$ 5 mil por funcionário. Há cerca de um mês, conforme reportagem publicada pelo Estado no domingo, 63 ex-empregados que movem ação contra a Nuclemon receberam pelo correio um plano de saúde aceito apenas no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Enquanto trabalharam para a Nuclemon, eles foram expostos a todo tipo de risco, desde a perda da audição por excesso de ruído até câncer por exposição ao material radioativo sem as mínimas condições de segurança. Um relatório sobre o setor nuclear produzido pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados compara a situação dos trabalhadores às vítimas do Césio 137. "O que mais me assombra é o grau de insensibilidade da gestão pública do País", afirma o advogado da acusação, Luís Carlos Moro. O advogado da INB, Marcus Vinícius Capobianco, disse que a empresa já está providenciando o novo plano e vai dispensar licitação por conta do prazo curto. "Por ora, não vamos reagir à decisão, embora seja uma aberração jurídica". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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