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Kirchner diz que não cumprirá acordo automotivo do Mercosul

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente argentino Néstor Kirchner anunciou hoje que não vai liberar o comércio para o setor automotivo a partir de 2006, como prevê o atual regime comum do Mercosul. Ele argumentou que seu governo não pode se omitir diante do "aprofundamento das assimetrias negativas neste ramo da produção", numa alusão ao fato de que 60% dos automóveis vendidos hoje na Argentina têm origem brasileira. Durante solenidade na fábrica da Volkswagen, na cidade de General Pacheco, Kirchner anunciou que "não vai liberar, no ano 2006, o mercado de venda da indústria automotiva com o Brasil, como estava estabelecido". Segundo ele, sua decisão será "absolutamente compreendida" pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Acompanhado pelo ministro de Economia, Roberto Lavagna, o presidente argentino assumiu, pela primeira vez, o desejo de seu governo de prorrogar o atual regime automotivo, um assunto que será discutido por Lavagna durante reunião a ser realizada amanhã, em Brasília, com os ministros da Fazenda, Antônio Palocci, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan.

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