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Kirchner inicia Cúpula com convite a Bolívia e México

Sobre o conflito entre Israel e Líbano, Kirchner fez um chamado para que "terminem as agressões mútuas"

Por Agencia Estado
Atualização:

A 30ª Cúpula do Mercosul foi inaugurada hoje com um convite do presidente da Argentina, Néstor Kirchner, para que Bolívia e México se somem ao projeto integrador do bloco sul-americano. "Convidamos a Bolívia, o México e o restante dos países da América a se incorporarem a esta tarefa que devemos fazer todos juntos e que temos de levar adiante", disse o governante. Os presidentes dos países fundadores do bloco, Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, o da Venezuela, que está em processo de adesão, e dos Estados convidados, Cuba, Chile e Bolívia, assistem à reunião em Córdoba, 715 quilômetros ao noroeste de Buenos Aires. Sobre o conflito entre Israel e Líbano, Kirchner fez um chamado para que "terminem as agressões mútuas" e pediu a seus colegas sul-americanos que se inclua uma menção do compromisso do Mercosul com a paz mundial no documento final da cúpula. Kirchner pediu aos membros do Mercosul para se "esforçar em superar as dificuldades e derrotar muitos interesses". "As dificuldades persistem. O Mercosul nasceu há apenas 15 anos e é natural que existam resistências. (...) Não se pode dizer que o Mercosul fracassa porque dois ou três países têm diferenças inconsistentes e conjunturais sobre a interpretação de diferentes temas", disse. Sobre as "assimetrias" apresentadas por Paraguai e Uruguai, em referência a suas pequenas economias frente às muito maiores do Brasil e Argentina, Kirchner assinalou que "a solidariedade deve ser a bandeira". "Há países que têm maior força e outros que sofrem porque têm economias menores. Teremos que buscar que essa solidariedade seja efetiva, porque se essa solidariedade não existir, como expressaram os presidentes dos países menores, vai ser muito difícil consolidar o Mercosul", reconheceu. Neste sentido, Kirchner previu que o Brasil, que no segundo semestre do ano exercerá a Presidência temporária do bloco, dará "um passo de superação" de todas as dificuldades internas do Mercosul.

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