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Klabin anuncia 23 novas metas para avançar no desenvolvimento sustentável

Até 2030, companhia brasileira espera ter uma matriz energética 92% renovável, com economia de baixo carbono e um consumo de água 20% menor

Por Wagner Gomes
Atualização:

Primeira empresa brasileira a emitir um green bond (títulos de dívida que buscam unir sustentabilidade com retorno financeiro) de 30 anos, a Klabin está usando as exigências desses papéis para avançar no desenvolvimento sustentável. A fabricante de papel anuncia nesta sexta-feira, 4, 23 metas nessa direção. Entre os objetivos, a empresa buscará ter, até 2030, uma matriz energética 92% renovável, com economia de baixo carbono. Também quer reduzir em 20% o consumo de água.

Segundo Francisco Razzolini, diretor de tecnologia industrial, inovação, sustentabilidade e projetos da Klabin, como o dinheiro captado tem de ir necessariamente a projetos dessa natureza, cria-se um ciclo virtuoso – com a redução as emissões reforçando o compromisso e o desempenho sócio-ambiental da companhia. Não é a toa que a meta principal será de redução de emissão de carbono das operações. O objetivo é capturar, em 10 anos, 45 milhões de toneladas de carbono por meio das operações florestais.

A Klabin conseguiu reduzir em 45% o uso de água nos últimos 15 anos. Foto: Félix Leal/AEN

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Razzolini diz que a Klabin tem em estoque de 4,7 milhões de toneladas de carbono equivalente. Essa unidade de medida equivale ao balanço entre os gases emitidos e captados pela empresa, em suas operações durante 2019. As florestas tiveram papel importante nessa conta.

Apesar de ainda não existir nenhum mecanismo oficial de negociação de carbono, o estoque pode gerar crédito para a negociação no mercado. A empresa também trabalha em iniciativas bilaterais, com negociações diretas com outras companhias. “Ainda não há previsão de que isso se concretize no curto prazo”, afirma. “Mas a Klabin está preparada e tem potencial de entrar em negociação”.

Em relação ao uso da água, a companhia reduziu, nos últimos 15 anos, em 45% o consumo em suas fábricas. “Agora estamos propondo redução de mais 20%. Também é uma redução financiada pelo mecanismo dos green bonds”, diz.

Para ele, a sustentabilidade ganhou projeção. “Vários fundos só investem em companhias que colocam essa questão como prioritária”, diz.

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