O presidente da Aracruz, Carlos Aguiar, afirmou hoje que a compra da Riocell é consistente com a estratégia de longo prazo da empresa. "Esta operação demonstra mais uma vez a confiança dos nossos acionistas controladores no futuro do País e vai agregar ainda mais valor a Aracruz", disse. A Klabin anunciará oficialmente na segunda-feira, às 11 horas, a venda da Riocell para a Aracruz Celulose por US$ 610,5 milhões. Esse montante ainda poderá ter ajustes em razão das variações peculiares a negociações dessa espécie e à variação do balanço patrimonial da Riocell até a data da conclusão da transação, prevista para os próximos 30 dias. A Aracruz é controlada pelos grupos Loretzen, Votorantim, Safra e BNDES. O diretor geral da Klabin, Miguel Sampol Pou, confirmou que a operação resultará em substancial redução do endividamento da companhia e é parte importante do processo de reestruturação financeira da Klabin, que também se apóia na geração de caixa das operações e na restrição temporária de investimentos. O endividamento da Klabin é estimado em R$ 2,4 bilhões. O Unibanco, o UBS Warburg e a Demarest & Almeida Advogados atuaram como assessores da Klabin na transação. A Riocell, localizada no município de Guaíba, no Rio Grande do Sul, produz 400 mil toneladas por ano de celulose branqueada de eucalipto. A maior parte da produção tem como destino o mercado externo. A Klabin é líder no País na fabricação integrada de celulose, papel e embalagens. Produz também celulose líquida na única fábrica brasileira deste produto. A empresa é a maior produtora e exportadora de papéis de embalagem e também a única produtora de cartões para embalagens de líquidos na América Latina.