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Kocherlakota, do Fed, diz que é 'inapropriado' aumentar juros em 2015

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Por Redação
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O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, deveria manter os juros perto de zero até pelo menos o fim do ano que vem, disse nesta terça-feira o presidente do Fed de Minneapolis, Narayana Kocherlakota, afirmando que a inflação está simplesmente baixa demais para justificar um aperto monetário. Kocherlakota, que tem poder de voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) até o fim deste ano, disse não esperar que a inflação acelere à meta do Fed, de 2 por cento, até pelo menos 2018. "A perspectiva fraca para a inflação implica que, em qualquer reunião do Fomc realizada durante 2015, a expectativa seria de que a inflação continue abaixo de 2 por cento ao longo dos dois anos seguintes", disse ele, segundo o texto de seu discurso em evento em Rapid City. "Seria inapropriado que o Fomc elevasse a banda alvo da taxa de juros em qualquer uma dessas reuniões". A maioria de seus colegas discorda. À exceção de três deles, todos indicaram na reunião mais recente do Fed que consideram apropriado um aumento de juros em 2015. Autoridades do Fed que apoiam o aperto monetário citam a queda do desemprego, que recuou em setembro ao menor nível em seis anos, a 5,9 por cento, e outros sinais de que a economia dos EUA está se fortalecendo. Kocherlakota, contudo, destacou que mesmo o desemprego de 5,9 por cento está acima da taxa de 5 por cento que considera consistente com uma economia saudável. E a inflação tem girado abaixo de 2 por cento há anos, com "poucos sinais de aceleração", disse ele. Para tornar suas medidas mais eficazes, argumentou ele, o Fed deveria impor um horizonte de dois anos à sua meta de inflação de 2 por cento e deixar claro que está tão preocupado com uma eventual queda da inflação abaixo da meta quanto com avanços acima do objetivo. (Reportagem de Ann Saphir)

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