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Lampreia defende Brasil na presidência do Mercosul

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-ministro das Relações Exteriores Luís Felipe Lampreia disse hoje que o Brasil deve atender à solicitação da Argentina para que assuma a presidência do Mercosul durante o primeiro semestre de 2002. O pedido deve ser formalizado hoje numa reunião entre o ministro argentino das Relações Exteriores e seu colega brasileiro, Celso Lafer. Lampreia, que atualmente é colaborador da Rádio Eldorado, concedeu entrevista esta manhã à emissora e afirmou que o Brasil deve ser o "guardião do Mercosul". Segundo o ex-ministro, neste momento é preciso ver como a Argentina vai se posicionar diante da crise e se conseguirá se recuperar economicamente para, então, o Brasil decidir sobre um possível relançamento ou reestruturação do Mercosul. Sobre uma nova reunião de cúpula dos países que integram o bloco, em fevereiro - o último encontro não pode ser realizada em sua plenitude em Montevidéu, no fim de 2001 -, Lampreia se mostrou favorável. Mas ressaltou que não se deve "ter a ilusão de que será possível, já em fevereiro, tomar grandes iniciativas. Acho que é preciso fazer e aprovar aquilo que já estava maduro, como a criação do tribunal permanente, examinar a posição do grupo em relação à União Européia e tudo o que mais existir para ser considerado na esfera presidencial. Agora, para iniciativas espetaculares, não é o momento". Luís Felipe Lampreia comentou também o editorial de ontem do jornal The New York Times, com a sugestão de que a Argentina dolarize a economia e abandone o Mercosul. O ex-ministro classificou as duas sugestões como "bobagens". "Em primeiro lugar, dolarizar a economia é impossível porque a Argentina não tem uma quantidade de dólares suficiente para isso. Em segundo lugar, abandonar o Mercosul também é uma bobagem porque é o ambiente natural da Argentina, é o lugar onde a Argentina vende três ou quatro vezes mais para do que vende, por exemplo, para os Estados Unidos". Leia o especial

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