
08 de junho de 2009 | 06h19
"Temos de tentar encerrar essas negociações e já percorremos 80% do caminho", declarou Lamy, numa entrevista à rede de tevê americana CNBC. Segundo o diretor-geral, "um pouco de energia política" é necessário para concluir o processo de forma bem-sucedida. As negociações da Rodada Doha começaram há oito anos em Doha, no Catar, e foram paralisadas no fim do ano passado por causa de divergências basicamente entre EUA, China e Índia.
Nesta segunda-feira, Lamy se reuniu com o representante de Comércio dos EUA, Ron Kirk, e o recém-nomeado ministro do Comércio da Índia, Anand Sharma. Kirk, ex-prefeito de Dallas que foi designado para o posto em março pelo presidente Barack Obama, também se reuniu brevemente com membros da delegação chinesa, às margens do encontro de ministros.
O embaixador do Brasil na OMC, Roberto Azevedo, que compareceu à reunião entre Kirk e Sharma, disse que é importante que Washington e Nova Délhi enviem um "sinal político" claro de que estão dispostos a resolver suas diferenças. "Temos dois novos players, Ron Kirk e Anand Sharma, então é bom ter uma oportunidade para ouvi-los e saber o que trazem à mesa", disse o embaixador brasileiro.
Além de pedir o reinício da Rodada Doha, o grupo de ministros reunidos em Bali condenou os crescentes sinais de protecionismo, incluindo a nova guerra comercial entre os EUA e a União Europeia acerca dos subsídios à exportação de laticínios. Os parceiros comerciais dos EUA também resistem ao plano "Buy American", incluído na legislação de estímulo econômico dos EUA, e que exige que os projetos financiados com dinheiro dos pacotes de estímulo usem apenas ferro, aço e produtos manufaturados nos EUA. As informações são da Dow Jones.
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