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Lançamentos da Cyrela podem ser postergados se necessário

Os lançamentos da Cyrela Brazil Realty seguem dentro do planejado, com previsão de novos empreendimentos em setembro, mas podem ser postergados caso se mostre necessário devido ao cenário macroeconômico. "A gente não deixou de lançar nenhum produto ainda por achar que estava com demanda baixa. Se o cenário piorar, nós vamos revisar nossos planos obviamente, para não prejudicar a rentabilidade da Cyrela", disse em teleconferência com analistas o copresidente da companhia, Raphael Horn. Neste terceiro trimestre, os lançamentos devem ser realizados no mês de setembro, adicionou, mencionando um empreendimento na zona norte do Rio de Janeiro, já em pré-vendas. Horn voltou a afirmar que lançamentos vendidos pelo preço correto em bons lugares estão vendendo, independente do segmento de renda. Com relação ao projeto habitacional do governo federal Minha Casa, Minha Vida, em que a Cyrela não realizou contratações por meio da sua joint venture com a Cury até o momento, o executivo afirmou que vai depender das contratações do governo, esperadas para 2015. A Cyrela apresentou os resultados financeiros referentes ao segundo trimestre na véspera e as ações da companhia subiam 1,45 por cento, a 12,61 reais, às 14h01 (horário de Brasília), enquanto o Ibovespa avançava 0,16 por cento. Entre abril e junho, a Cyrela concentrou seus esforços na venda de 23,8 por cento de seu estoque pronto equivalente a 262 milhões de reais. O copresidente da Cyrela reiterou que este estoque pronto não vai cair no próximo semestre, com a entrega de imóveis em praças onde não são fáceis de serem vendidos, acrescentando que a companhia não é adepta à política de "descontos generalizados". "A gente espera que no segundo semestre de 2015 a realidade seja totalmente diferente", afirmou.

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Por Redação
Atualização:

GERAÇÃO DE CAIXA E TERRENOS

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A Cyrela avalia que o cenário atual de preços de ações favorece mais a recompra de papéis do que a distribuição de dividendos, disse Horn durante a teleconferência.

Entre abril e junho, a geração operacional de caixa da empresa foi de 159 milhões, ante 154 milhões de reais um ano antes.

O diretor financeiro e de relações com investidores da Cyrela, Eric Alencar, acrescentou que, uma vez gerando caixa, as opções continuam entre a compra de terrenos, redução da dívida líquida e distribuições futuras a acionistas, como dividendos e recompra.

No segundo trimestre, a Cyrela despendeu 300 milhões de reais na compra de terrenos e ainda deve gastar outros 500 milhões até o final do ano.

Também podem ser realizados vendas ou distratos de terrenos nos próximos trimestre, disse o diretor financeiro, acrescentando que é difícil saber o impacto no balanço.

"O nosso landkbank (banco de terrenos) é de 50 bilhões de reais, são 7 a 8 anos de lançamentos já garantidos. É natural pegar 100, 200 milhões por trimestre que a gente vê que não está mais adequado para o perfil da companhia ou do mercado", disse o Alencar a jornalistas.

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(Por Juliana Schincariol)

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