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Lançamentos de salas diminuem na Grande SP

Expectativa de entrega de edifícios leva mercado a reduzir oferta de novos produtos no segmento de escritórios

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Por Redação
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Com um cenário de superoferta no horizonte, o mercado de lançamentos comerciais adotou, em 2013, a cautela na região metropolitana de São Paulo. De janeiro a dezembro, 5.652 conjuntos comerciais foram lançados na capital paulista, redução de 11,26% em relação a 2012, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). Considerando apenas os municípios vizinhos paulistanos, a situação é um pouco melhor: as 4.368 salas lançadas no ano passado representam crescimento de 3,19% na comparação com o verificado ano anterior. As explicações para esse desempenho tímido remontam há mais de três anos, na opinião de especialistas, quando o ciclo de desenvolvimento dos empreendimentos em fase de conclusão foi iniciado. Após anos com pouco destaque, os escritórios voltaram à cena com mais expressão em 2007 e ganharam força a partir de 2010, embalados pela expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do País, em 7,5%. Um ano depois, eles chegaram aos 7.259 conjuntos. A situação, no entanto, mudou em 2012, com o baixo crescimento brasileiro, em 0,9%, e o início do período de entrega de empreendimentos - ou seja, com o aumento da concorrência no mercado de locação dos bens. Naquele ano, São Paulo recebeu quase 1 mil unidades a menos do que no ano anterior. "Como se lançou muitos prédios comerciais nos últimos anos, o mercado ficou ainda mais seletivo em 2013, mas ainda há demanda", diz o diretor de atendimento da imobiliária Lopes, Miro Quintaes, para quem a localização e o conceito dos produtos passaram a fazer diferença nas vendas. "Nas regiões com grandes obras urbanas, os clientes veem ganhos."Os investimentos previstos para a Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, na zonal sul de São Paulo, mantiveram em alta, na opinião dele, o interesse pelo Praça São Paulo, complexo multiuso da OR - Odebrecht Realizações Imobiliárias e que vendeu 55% das suas salas no lançamento. Já a proximidade com hospitais, serviços em geral, meios de transporte e uma famosa via, a Avenida Paulista, seriam alguns dos pontos favoráveis para o empreendimento Praça Pamplona, da incorporadora Brookfield, na avaliação do diretor de negócios da companhia, Ricardo Laham. O complexo teve 70% das unidades residenciais vendidas desde junho. "Os lançamentos de 2010 só vão ter absorção total em 2014, 2015. Na entrega dos edifícios é que poderemos ver se há superoferta, e os empreendimentos com melhor desempenho no mercado de locação serão aqueles com as melhores localizações. Este ano, se não tivermos nenhum indutor de taxas de juros, como houve em 2013, o consumidor ficará ainda mais crítico", diz o executivo.

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