PUBLICIDADE

Publicidade

Lance por aeroporto será de R$ 218 mi

Marcada para 15 de março, venda de 12 terminais em três blocos, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, deve atrair R$ 1,47 bi em investimentos

Foto do author Luciana Dyniewicz
Por Luciana Dyniewicz e Renée Pereira
Atualização:
Aeroporto de Recife é o principal chamariz do bloco Nordeste. Foto: Matheus Britto/Futura Press

Apesar do crescimento fraco da economia brasileira e do desempenho pífio dos aeroportos já concedidos à iniciativa privada, deve ser alta a demanda do primeiro leilão de privatização do governo de Jair Bolsonaro – marcado para 15 de março –, segundo fontes ouvidas pelo Estado. Os 12 aeroportos, que respondem por 9,5% do mercado doméstico, devem render R$ 218 milhões de outorga mínima inicial para a União. Nos primeiros cinco anos, os vencedores terão de investir R$ 1,47 bilhão na melhoria dos terminais. 

PUBLICIDADE

O bloco do Nordeste – que inclui os terminais de Recife, Maceió, João Pessoa, Aracaju, Campina Grande e Juazeiro do Norte – será o mais demandado pela proximidade com a Europa e pelo já intenso fluxo de turistas na região. Uma fonte do mercado disse esperar até dez concorrentes para o bloco, que tem o aeroporto de Recife como principal chamariz. O terminal recebeu, no ano passado, 8,3 milhões de passageiros, registrando um número recorde e um aumento de 9% na comparação com 2017. 

Vistos como menos interessantes, os blocos do Centro-Oeste (que engloba os terminais de Cuiabá, Sinop, Alta Floresta e Rondonópolis) e do Sudeste (Vitória e Macaé) não devem ficar sem ofertas, apurou o Estado. O perfil econômico das regiões onde eles estão instalados é o principal atrativo. O bloco do Centro-Oeste poderá atender ao agronegócio, enquanto o aeroporto de Vitória é um importante terminal de cargas e o de Macaé serve à indústria de óleo e gás.

De acordo com uma fonte, a maior parte das ofertas deverá ser feita por grupos estrangeiros. Para ela, o fato de o governo ter retirado a exigência de a Infraero ser sócia nos aeroportos torna o leilão mais atraente para os investidores, que poderão operar os terminais de forma mais independente.

“As novas condições, sem Infraero, investimento menor e novo cálculo de outorga tornaram as concessões mais atrativas”, acrescenta Pablo Sorj, sócio do escritório de advocacia Mattos Filho. De acordo com Sorj, além de empresas estrangeiras que já atuam no Brasil, deverão aparecer algumas estreantes na disputa: “Há várias companhias que querem expandir os negócios para mercado com potencial de crescimento.”

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.