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Latibex e Bovespa finalizam acordo operacional

Por Agencia Estado
Atualização:

O Latibex e o Bovespa estão finalizando um acordo de supervisão que permitirá aos corretores brasileiros operarem no mercado acionário em euros para empresas latino-americanas da Bolsa de Valores de Madri. Segundo o diretor do Latibex, Jesús González, o acordo deverá ser assinado nas próximas semanas. "Será muito importante para os intermediários brasileiros, pois eles terão acesso aos valores em euros das empresas brasileiras listadas no Latibex, além de poderem trabalhar com outras companhias latino-americanas do nosso pregão", disse González à Agência Estado. Dezesseis empresas, das quais sete brasileiras, já operam no Latibex. Em junho, a Copel será incorporada ao mercado. "Acreditamos que até o final deste ano estaremos com 25 companhias listadas, inclusive outras brasileiras", afirmou González. Apesar de ter registrado um resultado positivo no primeiro trimestre deste ano, com uma elevação de cerca de 10,86%, o índice Latibex vem sendo muito afetado desde abril pelas incertezas com a sucessão presidencial brasileira. Na sexta-feira passada, os estoques registravam uma perda de 0,34% em relação ao final de 2001. A crise argentina também continua a ter um impacto negativo. Na semana passada, o Latibex, acompanhando uma decisão do Nasdaq, excluiu de seu pregão o grupo argentino Impsat, cujas ações estavam sendo negociadas numa faixa bem inferior ao patamar mínimo exigido, de US$ 1. Mas apesar dos recentes problemas na América Latina, González afirma que as perspectivas desse mercado são promissoras. "A nossa aposta é de longo prazo e nosso objetivo é o de tornar as empresas latino-americanas conhecidas entre os investidores europeus", disse. "Ainda há muita falta de informação na Europa sobre a América Latina, muitos investidores ainda têm uma visão superficial da região." Segundo González, o potencial de crescimento do interesse dos investidores europeus nos papéis das companhias latino-americanas é muito grande. "Nos Estados Unidos, 7,5% da carteira externa de investimentos é direcionada para a América Latina, mas aqui na Europa, ela não chega nem na metade disso, cerca 3%", disse. "É um fato curioso, pois o fluxo de investimentos diretos da Europa para a América Latina é maior do que o norte americano e por isso vamos buscar equilibrar isso."

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