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Lavagna vai a Washington negociar com FMI

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, viajará hoje a Washington para se juntar aos técnicos de sua equipe econômica que estão negociando com o Fundo Monetário Internacional. O chefe de Gabinete da Presidência, Alfredo Atanasof, disse hoje que a Argentina "não deve se apressar" nas negociações com o organismo multilateral. "Mas estamos a horas de dar este passo que nos colocará de cara com o acordo definitivo", garantiu. Segundo o jornal Ámbito Financiero, o governo argentino estaria negociando um pacote de US$ 15 bilhões de dólares, que incluiria a dívida que vence no próximo ano com os organismos internacionais, inclusive com o FMI, o déficit fiscal para 2003 e o financiamento das exportações, além de US$ 1 bilhão para o resgate de uma parte dos bônus provinciais. O ministério da Economia e o FMI, no entanto, não falam em cifras. Segundo uma fonte do ministério de Economia, o FMI quer um acordo modesto que permita refinanciar os vencimentos das dívidas até o final de 2003, evitando o default argentino com os organismos multilaterais de crédito, e dar um mínimo de certeza sobre o caminho econômico do país. Para tanto, ambas as partes pretendem acordar ainda nesta semana um cronograma com metas fiscais e monetárias e o polêmico incremento das tarifas públicas. O FMI quer um reajuste entre 20 a 30%, mas Lavagna já bateu o pé firme de que o aumento não será superior a 10%. O setor energético comunicou ao governo que haverá uma crise de energia se não houver reajuste imediato das tarifas. O governo espera que o acordo seja anunciado na sexta-feira. Até lá, segundo a fonte, o FMI quer sinais de que a disputa interna do peronismo não irá adiar as eleições, marcadas para março de 2003, e que o processo eleitoral estará garantido. O acordo será revisado a cada dois meses. Uma revisão mais abrangente será feita em junho, após o novo presidente assumir em maio.

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