30 de dezembro de 2008 | 15h40
O Lehman Brothers Holding afirmou que não pode apresentar seu plano para pagar os credores, aos quais deve mais de US$ 600 bilhões, até julho do próximo ano, no mínimo, enquanto processa o maior colapso corporativo da história. Veja também: Confiança do consumidor dos EUA cai a mínima recordeEntenda o fator previdenciário e o que pode mudarDe olho nos sintomas da crise econômica Lições de 29Como o mundo reage à crise Dicionário da crise A instituição, quarto maior banco de investimento dos EUA até o seu colapso em setembro, está pedindo ao Tribunal de Falências dos EUA em Manhattan que estenda o prazo para apresentar seu plano de pagamento aos credores até 13 de julho próximo. O prazo atual vence em 13 de janeiro, ou 120 dias depois do pedido de concordata da empresa. Em documento encaminhado ao tribunal, o Lehman disse que a extensão é "absolutamente necessária" dada a complexidade de seus negócios. "Embora (o Lehman esteja) agindo com a maior rapidez possível, não é razoável esperar que o plano do processo de falência seja concluído em apenas quatro meses em casos deste tamanho e magnitude", afirma. O Lehman pode pedir novas extensões para apresentar o quanto seus credores vão recuperar, mas as leis proíbem extensões além de 18 meses após a concordata. Desde o colapso em setembro, o Lehman vem vendendo ativos, desmontando mais de 1 milhão de transações em derivativos e trabalhando para recuperar um "volume sem precedentes" em registros financeiros e dados. A empresa disse que todos os seus dados preencheriam 20 mil computadores. O Lehman disse ao tribunal que tem cerca de US$ 4 bilhões em caixa. Entre outras, o banco já vendeu suas unidades de banco de investimentos e mercados de capitais, a divisão de gestão de investimentos e a unidade de energia na América do Norte. O Lehman disse que continuará a revisar seus ativos e passivos, incluindo as transações com derivativos e bilhões de dólares em transações entre as companhias do grupo. O Lehman tinha quase 4 mil subsidiárias. A instituição também está enfrentando 76 processos de insolvência no exterior, que cortaram o acesso do Lehman às informações, segundo a agência Dow Jones.
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