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Lei do "fast track" pode ser votada amanhã no Senado

Por Agencia Estado
Atualização:

O Senado dos Estados Unidos rejeitou várias emendas à lei de Autoridade para Promoção Comercial, conhecida como "fast track", e o líder da maioria na Casa, Thomas Daschle (Democrata-Dakota do Sul), afirmou que o projeto da lei poderá ser votado ainda nesta quarta-feira. A lei do "fast track" dá ao presidente dos EUA a autoridade de negociar acordos comerciais com outros países que o Congresso pode aprovar ou rejeitar, mas não modificar. Os presidentes norte-americanos tiveram essa autoridade até 1994, mas o Congresso, então sob maioria do Partido Republicano (de oposição ao então presidente Bill Clinton), se recusou a renová-la. O atual presidente, o republicano George Bush, quer que essa autoridade seja restaurada logo para poder negociar a Alca (Área de Livre Comércio das Américas). Hoje, o Senado rejeitou, por 56 votos a 40, uma emenda que tornaria mais difícil a empresas estrangeiras entrar na Justiça com base em leis que as prejudiquem seus investimentos em outros países. Também foi rejeitada, por 56 a 40, uma emenda que estenderia serviços públicos de saúde para funcionários aposentados de siderúrgicas. Outra emenda derrotada hoje, por 50 votos a 49 (com o vice-presidente Dick Cheney, presidente do Senado, usando o Voto de Minerva), previa a concessão de subsídios para as hipotecas de trabalhadores que tenham perdido o emprego por causa da redução de barreiras comerciais norte-americanas. Caso o projeto seja aprovado amanhã pelo Senado, ele será enviado a uma conferência de concliliação Câmara/Senado, porque é diferente daquele aprovado pelos deputados no ano passado com apenas um voto de diferença (215 a 214). O Senado aprovou na semana passada uma emenda que permite ao Congresso anular pontos específicos de acordos comerciais negociados pelo presidente, o que não constava do projeto aprovado na Câmara. Bush é contra essa restrição e já ameaçou vetar a lei do "fast track" caso ela seja aprovada com essa emenda. Ao comentar as votações de hoje, o chefe do escritório de Representação Comercial dos EUA (USTR), Robert Zoellick, recusou-se a dizer se Bush vai ou não vetar uma lei que contenha as restrições aprovadas pelo Senado. "Eles conhecem a nossa posição. Do meu ponto de vista, esse projeto não deveria se tornar lei, e não se tornará lei caso elas estejam lá", afirmou.

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