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Leilão de energia eólica já dura mais de três horas

No total, 339 projetos, somando 10 mil MW de capacidade instalada, foram habilitados para a disputa

Por Wellington Bahnemann
Atualização:

O primeiro leilão de energia eólica do país já está em andamento há mais de três horas. Neste momento, a licitação está na primeira fase, que compreende as rodadas uniformes.

 

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A operação, organizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), teve início às 10h30 desta segunda-feira. A licitação será realizada na modalidade de "energia de reserva", que é uma energia adicional contratada pelo governo federal para atender todo o sistema elétrico brasileiro, tanto as distribuidoras quanto os consumidores livres.

 

Esta energia de reserva, acima da demandada pelo mercado, dará segurança ao sistema de abastecimento nacional.

 

Os contratos terão validade de 20 anos, com entrega a partir de 1º de julho de 2012. No leilão, os investidores darão lances a partir do preço mínimo estipulado pelo governo, de R$ 189 o MWh. Vence quem oferecer o maior deságio.

 

Segundo dados divulgados anteriormente pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 339 projetos, somando 10 mil MW de capacidade instalada, foram habilitados para o leilão. Porém, a expectativa é de um número menor de empreendimentos para a disputa, uma vez que nem todos os investidores depositaram as garantias na semana passada. A organização do evento não divulga a lista dos participantes do leilão.

 

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Lauro Fiuza, afirmou ao Estado, nem todos os projetos sairão vencedores da disputa. Fiuza disse que de forem contratados entre 2 mil e 2,5 mil MW já será um sucesso estrondoso. Isso significaria investimentos entre R$ 10 bilhões e R$ 12,5 bilhões apenas para levantar as usinas, considerando que o custo de 1 MW está em torno de R$ 5 milhões. Para Fiuza, o leilão dará uma boa sinalização sobre o futuro da energia eólica no Brasil. O valor definido pelo governo, R$ 189 o MWh, está bem acima do preço da energia hídrica (R$ 78,87 o MWh, da Hidrelétrica de Santo Antônio, e R$ 71,4, de Jirau, no Rio Madeira), mas abaixo do custo de geração das térmicas movidas a óleo combustível, contratadas nos últimos leilões de reserva, que pode chegar a R$ 800.

 

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(Com Renée Pereira, de O Estado de S. Paulo)

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