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Leilão de prefixados deixa mercado estável

Os juros caem de 20,25% ao ano para 20,02%. A Bolsa de Valores de São Paulo também apresentou resultado positivo: alta de 1,60%. O mercado de dólar não acompanhou a boa tendência do dia e fechou com alta de 0,28%.

Por Agencia Estado
Atualização:

O resultado do leilão de títulos prefixados demonstrou que a pressão sobre as taxas de juros diminuiu. Na média, o Tesouro Nacional vendeu os papéis prefixados de seis meses por 19,35% ao ano. No último leilão desse tipo de papel, o mercado pediu juros de 19,84% ao ano. Operadores ouvidos pela editora Lucinda Pinto revelaram que a decisão do Tesouro Nacional de voltar a leiloar títulos prefixados representa um sinal de tranqüilidade e reforça a idéia de que, de fato, a trajetória da taxa de juros básico - Selic - é declinante. O mercado doméstico continua bastante atento e sensível a qualquer oscilação externa. O preço do petróleo continua no foco da atenção do mercado. Caso os preços continuem subindo, a inflação pode ficar pressionada. Com isso, a queda das taxas de juros planejada pelo Comitê de Política Monetária pode ficar comprometida. O swap prefixado de um ano fechou pagando juros de 20,02% ao ano para uma base de 252 dias úteis. Ontem, título com a mesma base de comparação, pagou 20,25% ao ano. Bolsas têm resultado positivo O dia começou bem com a divulgação do resultado de vendas do varejo nos Estados Unidos. O mercado esperava crescimento de 0,1%, mas o número foi negativo em 0,3%. O mercado acionário recebeu o número com otimismo e apresentou poucas oscilações, durante o dia. A Bovespa fechou em alta de 1,60%, quase na máxima, que foi de 1,63%. Hoje também foi dia de leilão na Bovespa. De acordo com o editor Francisco Carlos de Assis, o leilão de oferta pública das ações ordinárias da Telesp Celular foi considerado um sucesso, com a Portugal Telecom comprando quase a totalidade das ações da companhia. A operação colocou mais R$ 1,3 bilhão no mercado acionário brasileiro. Descontando o movimento do leilão, o volume de negócios foi de R$ 700 milhões. O Nasdaq - índice que mede a valorização das ações das empresas de tecnologia, em Nova Iorque - registrou alta de 2,21%. O índice norte-americano Dow Jones, que mede a valorização das ações mais negociadas em Nova Iorque, também registrou alta, 054%. Mesmo com as boas notícias do dia, o dólar fechou cotado nos últimos negócios do dia a R$ 1,8120, registrando uma alta de 0,28%. Na máxima do dia, o dólar chegou a ser negociado a R$ 1,8150. O editor Mário Rocha apurou junto aos operadores que o fluxo cambial negativo - saídas maiores que entradas - teria sido a principal explicação para a alta da moeda norte-americana. O destaque na remessa de dólares teria sido uma empresa do setor petroquímico que estaria honrando compromissos externos. Na outra ponta, afirmam operadores, o Banco do Brasil teria vendido dólares para atender a uma aumento na demanda, impedindo uma alta ainda maior nas cotações. Amanhã, o mercado começa o dia com a divulgação de mais um índice da economia dos Estados Unidos. Trata-se do CPI, índice de preços ao consumidor. O consenso do mercado é que tanto o índice cheio quanto o Core (exclui energia e alimentação) registrem elevação de 0,2% no mês de maio.

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