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Leite e carne confirmam desaceleração em São Paulo

Por Flavio Leonel
Atualização:

Os preços do leite longa vida e da carne bovina confirmaram a tendência de desaceleração na capital paulista, informa a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O pesquisador Paulo Picchetti, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da fundação, disse que o comportamento dos dois produtos, que haviam pressionado fortemente a inflação nos últimos meses, é o "grande destaque" da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) do município na primeira quadrissemana de setembro. No levantamento da FGV, a alta da carne bovina passou de 0,08% no final de agosto para 0,07% na primeira quadrissemana. Já o preço do leite longa vida deixou de ser o item de maior pressão na inflação paulistana. Na primeira medição do IPC-S deste mês, subiu 2,61%, ante 5,07% do final de agosto, e ficou atrás das contribuições da tarifa de energia elétrica (alta de 1,86% ante 1,06%) e do tomate (20,34% ante 27,45%). Sobre a tarifa de energia, Picchetti explicou que o item sofre atualmente influência da incidência do PIS/Cofins, que é determinada a cada mês pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Quanto ao tomate, salientou que o vegetal repete o comportamento instável de muitos dos alimentos, que vem, em 2007, apresentando um movimento de sobe-e-desce nas apurações do IPC-S. Quanto aos grupos analisados pela FGV, o de Habitação subiu 0,82% ante 0,70% do final de agosto. Além do efeito da tarifa de energia, voltou a contar com a pressão do item Tarifa de Telefone Residencial, que subiu menos (1,51% ante 2,04%), mas ainda continuou entre as maiores altas do IPC-S de São Paulo. Na seqüência, Alimentação avançou 1,10% ante 1,02%; Educação, Leitura e Recreação subiu 0,57% ante 0,48%; Saúde e Cuidados Pessoais apresentou alta de 0,42% contra 0,49%; Despesas Diversas subiu 0,34% ante 0,45%; Vestuário repetiu a alta de 0,07%; e Transportes caiu 0,30% ante baixa de 0,54% do levantamento anterior.

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