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Leite Nilza pede recuperação judicial

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A Indústria de Alimentos Nilza, uma das maiores produtoras de leite longa vida e de laticínios do País, entrou com um pedido de recuperação judicial na 4ª Vara Cível de Ribeirão Preto (SP), onde fica sua sede. Em comunicado, a companhia informou que, "sofrendo os efeitos da grave crise financeira mundial, que afeta fortemente as empresas brasileiras, a Nilza, após várias tentativas de renegociação com instituições financeiras credoras, teve como única saída impetrar o pedido de recuperação judicial". Segundo o comunicado, a decisão da empresa visa superar "a crise econômico-financeira que está enfrentando, o que lhe permitirá a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que preservará os interesses dos credores". Em dezembro, o dono da Nilza, Adhemar de Barros Neto, afirmou ao Estado que a dívida da companhia era de R$ 200 milhões, parte dela oriunda da aquisição da mineira Montelac. Na operação, R$ 120 milhões foram aportados pelo BNDES, que passou a ter 35% da empresa, de acordo com o empresário. Na ocasião, Neto disse ainda que tinha utilizado recursos próprios para repor o capital de giro da empresa e que renegociaria R$ 13 milhões com fornecedores. Procurada ontem, a empresa não se manifestou sobre o valor do endividamento e não confirmou demissões que teriam ocorrido nas duas unidades da companhia - em Ribeirão Preto e em Itamonte (MG) -, de acordo com fontes da Nilza ouvidas pela Agência Estado. A antiga Leites Nilza foi adquirida por Neto em 2005 após enfrentar uma crise quando era administrada por um pool de cooperativas paulistas e mineiras.

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