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Lessa defende liberação de 6% a 7% do PIB para infra-estrutura

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do BNDES Carlos Lessa defendeu hoje, em seminário no Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) um programa que destine de 6% a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano para o setor de infra-estrutura. "Acredito que este volume destravaria os investimentos privados", afirmou. Segundo Lessa, bons indicadores macroeconômicos apenas não fazem a economia crescer "muitas vezes é até um caminho para o inferno". De acordo com ele, voltar a crescer exige investimento em infra-estrutura, custeio, e um projeto nacional que levaria o País a crescer com distribuição de renda e redução da vulnerabilidade externa. Lessa chamou de "ridícula" a participação do crédito no PIB do Brasil que, de acordo com ele, varia de uma medida otimista de 28% para uma pessimista de 23%, contra 70% do PIB no Chile e 160% na Alemanha. "É um mistério como o Brasil consegue se manter em funcionamento com uma participação tão ridícula de crédito", disse. Resposta às críticas Lessa foi enfático em refutar as acusações de que a redução da demanda por financiamentos do BNDES refletiria uma paralisia da instituição. Segundo Lessa, isso é uma "perfídia" e a redução da demanda por investimentos industriais nas atuais condições do País "é natural". Segundo ele, este comportamento deve começar a reverter a partir do momento em que o empresariado tiver mais segurança sobre o seu investimento e o governo está sinalizando para isso com o Plano Plurianual 2004-2007. Ele destacou ainda que tem "medo de fórmulas mágicas como foi a privatização nos anos 90". Preocupação com empresas Lessa disse estar muito preocupado com empresas excessivamente endividadas em dólar. Para estas empresas, defendeu "algum tipo de transição financeira e fiscal". Depois, esclarecendo que o banco não tem um programa de refinanciamento deste tipo, defendeu "como professor e não como presidente do BNDES" "certas desonerações fiscais e tributárias (que ) teriam o mérito de ser universais".

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