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Levy defende educação como arma para o Brasil crescer com inclusão social

Em evento na OCDE, o ministro da Fazenda disse que melhorar a educação 'não é apenas um tema de gastos'

Por Fernando Nakagawa
Atualização:
Levy também disse que o Brasil está se movendo na direção de aumentar o volume de investimentos na economia, ams que no curto prazohá menor espaço Foto: Dida Sampaio/Estadão

PARIS - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu a educação como principal arma para o Brasil crescer com inclusão social. A defesa foi feita durante painel durante evento anual da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Para o ministro, melhorar a educação "não é apenas um tema de gastos". "A educação depende de pessoas", disse. 

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Ao ser questionado sobre como o Brasil pode retomar o crescimento com inclusão social, Levy disse que "acha que em um país como o Brasil é claro que é a educação". "O desafio da educação não é apenas um tema de gastos. Na educação, mesmo que você tenha tecnologia, você depende de pessoas, da relação pessoa a pessoa criada pelos professores", disse. 

Durante painel com outros seis participantes, Levy reconheceu que "não temos dúvidas que aumentar os gastos com educação" faz parte dessa estratégia, mas também há outras medidas, como a adoção de exames gerais que criam um ambiente mais propicio para o avanço do País no tema. O ministro comentou ainda que o País já tem "boa cobertura" na educação básica. "Mas você precisa ter uma educação mais forte no ensino médio", disse. 

Em maio, o governo anunciou um corte no Orçamento de quase R$ 70 bilhões, que atingiu também o Ministério da Educação. Questionado sobre os cortes na pasta, o ministro ressaltou que as exigências constitucionais continuam sendo cumpridas: "Sim, mas convenhamos. Nós temos vinculações constitucionais na Educação. Essas vinculações obviamente estão sendo cumpridas e eu acho que isso é que o indicador".

Após o debate, Levy defendeu que, para além do Orçamento da pasta, o Brasil tem tomado iniciativas "para garantir a qualidade". "Acho que isso é importante. Como eu mencionei, a questão do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), de as pessoas estarem realmente tendo aproveitamento. Acho que isso é que é fundamental", argumentou o ministro. 

Infraestrutura. Levy disse que o Brasil está se movendo na direção de aumentar o volume de investimentos na economia. Isso, diz o ministro, permitirá ao Brasil criar mais empregos no futuro. "Estamos nos movendo para mais investimento em infraestrutura com mais geração de energia, redução menor custo de transporte. Isso vai fazer com que empresas fiquem mais eficientes, o que permitirá criar empregos", disse Levy durante debate da OCDE sobre como países podem reduzir o desemprego e a desigualdade.

No curto prazo, porém, Levy indicou que há menor espaço. "No curto prazo, não há muitas opções além disso", disse, ao comentar que se as medidas para incentivar a oferta na economia brasileira forem executadas será possível sustentar o aumento do emprego à frente. 

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