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Liberação de compulsório gera R$ 45 bi para bancos no mês

Dados mostram que depósitos obrigatórios recolhidos pelo Banco Central tiveram queda de 16,6% em outubro

Por Fernando Nakagawa e da Agência Estado
Atualização:

Os bancos brasileiros receberam reforço de caixa de R$ 45 bilhões em outubro, após o início da liberação mais expressiva dos depósitos compulsórios. Dados divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo Banco Central mostram que o total recolhido obrigatoriamente pelas instituições financeiras junto à autoridade monetária caiu 16,6% na comparação com o fim de setembro, para R$ 226,9 bilhões. A posição se refere a 24 de outubro. O alívio aconteceu principalmente nos depósitos à prazo e na exigibilidade adicional.   Veja também: Veja os reflexos da crise financeira em todo o mundo Veja os primeiros indicadores da crise financeira no Brasil Lições de 29 Veja o que muda com a Medida Provisória 443 Veja as semelhanças entre a MP 443 e o pacote britânico Como o mundo reage à crise  Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise Dicionário da crise    No caso dos depósitos a prazo - como os Certificados de Depósito Bancário (CDB) - a redução do compulsório liberou aos bancos R$ 18,6 bilhões no acumulado de outubro. Nesse tipo de depósito, o total do volume recolhido compulsoriamente caiu 30,7% na comparação com o fim de setembro, para R$ 41,9 bilhões. Esses recursos estavam alocados em títulos públicos na autoridade monetária. Já a exigibilidade adicional - aplicada sobre depósitos a prazo, à vista e poupança - liberou outros R$ 22,4 bilhões no período. O valor corresponde à redução de 35% ante o fim do mês anterior, para R$ 41,6 bilhões. Nesse caso, os recursos estavam recolhidos.   A liberação dos depósitos compulsórios aconteceu por diversas decisões tomadas pelo BC desde o fim de setembro. As medidas foram anunciadas pela autoridade monetária como forma de liberar recursos ao mercado para tentar amenizar os efeitos da crise financeira internacional, que tem reduzido o volume de dinheiro disponível no mercado. Essa situação desfavorável tem prejudicado principalmente os bancos de menor porte.

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