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Liberação do compulsório injetou R$ 56 bi na economia

Por FERNANDO NAKAGAWA E FABIO GRANER
Atualização:

O conjunto de medidas tomadas pelo Banco Central para elevar a liquidez no mercado por meio da liberação dos depósitos compulsórios já injetou R$ 56,068 bilhões na economia desde setembro. O número foi divulgado hoje pela autoridade monetária. A liberação desses recursos tem como objetivo reduzir o impacto da crise financeira internacional, que diminuiu drasticamente a oferta de dinheiro disponível nos bancos. Com isso, clientes, empresas e até mesmo os bancos de menor porte têm enfrentado dificuldade para captar recursos no mercado. A liberação de compulsório também foi usada como incentivo à compra de carteiras de bancos pequenos por grandes instituições. O segmento que mais liberou recursos foi o que incide sobre a exigibilidade adicional dos depósitos à vista, a prazo e poupança, que injetou R$ 22,730 bilhões no acumulado desde setembro. Em seguida, os depósitos a prazo - como os CDBs - tiveram liberação de R$ 21,566 bilhões no compulsório. Em terceiro entre os ramos que mais liberaram recursos no mercado estão os depósitos à vista (conta corrente), com injeção de R$ 6,586 bilhões. Por fim, os depósitos interfinanceiros de empresas de leasing colaboraram com outros R$ 5,648 bilhões no mercado. Mesmo com a liberação de mais de R$ 56 bilhões desde setembro, bancos mantinham R$ 215,947 bilhões no BC na última sexta-feira, dia 17. O presidente do BC, Henrique Meirelles, já sinalizou que, se necessário, podem ser anunciadas novas liberações desses recursos para ajudar a melhorar a liquidez do mercado brasileiro.

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