23 de outubro de 2010 | 00h00
As divisões internas não apenas reduzem as chances de um acordo, mas levam a questionamentos sobre a própria relevância do G-20, grupo que surgiu em reação à crise financeira global de 2008 e conseguiu coordenar ações de nações desenvolvidas e emergentes em 2009.
A cúpula de Seul, marcada para 11 e 12 de novembro, será a quinta do grupo e ocorre em um momento de agravamento das tensões econômicas mundiais por causa das disputas cambiais.
O presidente sul-coreano exortou os países a colocarem em prática acordos já alcançados pelo G-20 em encontros anteriores, como o que prevê a transferência de cotas no Fundo Monetário Internacional (FMI) de nações desenvolvidas para as emergentes, o que ampliará o poder de voto das últimas.
A decisão foi adotada em setembro do ano passado na cúpula de Pittsburgh, nos EUA, e tem de ser implantada até novembro. O acordo prevê que 5% dos direitos de votos dos países com representação superior ao tamanho de suas economias sejam transferidos às nações sub-representadas no organismo.
Mercado de câmbio. A indefinição sobre o resultado da reunião do G-20 também repercutiu no câmbio. Os principais mercados de moedas ficaram praticamente paralisados à espera de uma definição nas negociações entre as 20 principais economias do mundo.
No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda de 0,18%, aos 69.529 pontos, com a cautela predominando nos negócios, em meio à expectativa dos resultados da reunião do G-20.
O dólar fechou acima de R$ 1,70, maior nível desde 28 de setembro, influenciado também pela entrevista do secretário do Tesouro, Arno Augustin, à Agência Estado, adiantando que o governo pode adotar outras medidas no câmbio.
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