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Líder republicano e Obama têm encontro sobre abismo fiscal

Assessores definiram reunião entre os líderes como 'franca', mas mais cedo houve recíprocas troca de farpas

Por WASHINGTON
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o líder republicano na Câmara de Representantes, John Boehner, tiveram no início da noite de ontem uma reunião "franca", que durou cerca de 50 minutos, sobre o abismo fiscal, disseram assessores de ambos políticos ao fim do encontro.Mais cedo, em entrevista a uma emissora afiliada à CBS em Minnesota, Obama disse estar confiante em alcançar um acordo, destacando que está disposto a fazer mais corte de gastos sempre e quando o aumento de impostos dos americanos mais ricos fizer parte do plano. "Já cortamos US$ 1 bilhão em gastos", disse o presidente à WCCO. "Quero fazer muito mais cortes, mas também precisamos ter a contrapartida com mais arrecadação."Antes do encontro, o líder republicano acusou a Casa Branca de "levar a economia em passo lento". "É claro que o presidente não está levando a sério os cortes nos gastos, mas os gastos públicos são o verdadeiro problema."Boehner afirmou ainda que o Congresso nunca vai abrir mão do poder sobre o orçamento e que não está preocupado com seu emprego como presidente da Câmara.O republicano voltou a frisar que é inaceitável que os impostos de todos os americanos subam no ano que vem. Segundo ele, o ppresidente Obama está correndo o risco de perder uma "chance de ouro" para fazer uma reforma tributária. Os líderes democratas e republicanos continuam a trocar farpas no processo de negociação para evitar o abismo fiscal, uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos automáticos que entrarão em vigor no começo do ano que vem caso não haja acordo no Congresso. Ambos os lados reconhecem que estão longe de um acordo, mas nenhum deles mostra vontade de fazer concessões. Tanto Boehner quanto a líder da minoria no Partido Democrata, Nancy Pelosi, alertaram que o tempo para se alcançar um acordo está chegando ao fim. Pelosi criticou fortemente a recusa da Câmara em aprovar a medida, já aceita pelo Senado, que estende os cortes de impostos somente para os americanos cuja renda anual seja menor que US$ 250 mil. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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