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Líderes da UE alertam para força do euro e crescimento da região

Por DAVID MILLIKEN AND GAVIN JONES
Atualização:

A Comissão Européia pode cortar suas previsões de crescimento para a zona do euro neste ano, disse o primeiro-minstro de Luxemburgo neste sábado, ao mesmo tempo em que outros líderes expressaram preocupações sobre a força do euro. Falando em um intervalo da cerimônia que marca a entrada de Malta no dia 1o janeiro na zona do euro, o ministro francês da UE, Jean-Pierre Jouyet, disse que o euro se valorizou rápido demais. Jouyet chegou perto de renovar as críticas francesas aos aumentos da taxa de juro pelo Banco Central Europeu no ano passado sugerindo que os ministros de Finanças da União Européia deveriam "ver se a meta de inflação (do BCE) era apropriada para a zona do euro". O último comentário de Jouyet marca uma adaptação de pedidos anteriores do presidente francês, Nicolas Sarkosy, para fazer com que o crescimento faça parte do mandato do BCE --proposta que atraiu pouca simpatia na Europa e encontrou uma oposição particularmente forte da Alemanha. No entanto, Jouyet também disse que não comentaria sobre a política do BCE, que defende ferozmente sua independência de políticos. Embora a crise global de crédito tenha persuadido o BCE a manter a taxa de juro em 4 por cento desde junho do ano passado, comentários duros contra a inflação dos formuladores de política do BCE têm impulsionado o euro a uma alta duradoura frente ao dólar, especialmente desde que o Federal Reserve começou a cortar sua taxa básica de juros em setembro. O primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, disse que ainda é cedo para descartar uma desaceleração dos mercados na zona do euro, mas acrescentou: "A Comissão Européia está considerando que podemos ter um crescimento de 1,8 ou 1,9 por cento". A última previsão da Comissão, em Novembro, foi de crescimento de 2,2 por cento para 2008. O presidente da Comissão Européia, José Durão Barroso, disse que os riscos persistentes para o crescimento da zona do euro vêm menos do euro forte do que dos Estados Unidos, onde a crise das hipotecas ressaltou o colapso do mercado imobiliário e levantou preocupações globais sobre a exposição dos banco às dívidas de alto risco.

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