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Light: queda na demanda por energia reduziu receita

Por Alaor Barbosa
Atualização:

A Light, distribuidora de energia que atende a região metropolitana do Rio de Janeiro, registrou queda de 1,5% na comercialização de energia elétrica no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período do ano passado. Segundo relatório da empresa divulgado hoje, juntamente com as demonstrações financeiras, o mercado consumidor regional demandou 6.615 gigawatts-hora (GWh), dos quais 1.343 GWh no mercado livre (consumidores de grande porte), com redução de 0,9%, e os outros 4.822 GWh no mercado cativo, com queda de 1,6%. Com isso, a receita bruta somou R$ 2,182 bilhões, com queda de 5,1% em relação ao primeiro trimestre de 2007. A Light atribuiu o menor volume comercializado à queda na temperatura média da região metropolitana do Rio este ano em relação ao período de janeiro a março do ano passado. Além disso, houve o impacto negativo resultante da queda nas tarifas médias determinadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em novembro do ano passado, com os novos preços sendo válidos desde dezembro. Mesmo com receitas menores, o endividamento caiu 33,8% no período, situando-se em R$ 1,549 bilhão (R$ 2,339 bilhões em março de 2007), que equivale a cerca de cinco vezes a geração de caixa no período, aferida pelo Ebitda (R$ 304 milhões). As perdas na comercialização voltaram a crescer no período, situando-se em 20,5% do total comercializado. No primeiro trimestre do ano passado essas perdas estavam em torno de 19,5% e registraram crescimento constante ao longo dos últimos meses. A empresa informou que iniciou a implantação de novas tecnologias de medição e proteção da rede com o objetivo de reduzir o furto de energia. Além disso, a empresa está negociando com o governo federal a implementação de ações em áreas de baixo poder econômico, aproveitando as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A Light registrou também queda na arrecadação em relação ao faturamento no período. No primeiro trimestre do ano passado esse indicador estava em 97,1% do faturamento, mas caiu para 96,8% nos três primeiros meses deste ano.

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