PUBLICIDADE

Light será ressarcida de perdas com racionamento

A Light, distribuidora de energia elétrica sediada no Rio, estima que ainda tem R$ 600 milhões para receber a título de ressarcimento das perdas durante o racionamento

Por Agencia Estado
Atualização:

A Light, distribuidora de energia elétrica sediada no Rio, estima que ainda tem R$ 600 milhões para receber a título de ressarcimento das perdas durante o racionamento. Esse valor deve ser liberado em duas parcelas. No primeiro trimestre deste ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) repassou a primeira parcela para a distribuidora, de R$ 170 milhões. A projeção foi feita pelo presidente da companhia de energia elétrica, Michel Gaillard. "Esta linha é uma necessidade absoluta para dar cobertura de caixa às empresas. Estamos todos trabalhando no especial?", disse o executivo, que participou hoje de apresentação da empresa na Associação Brasileira de Analistas do Mercado de Capitais (Abamec) do Rio. O executivo também informou que a queda do consumo de energia no período pós-racionamento está sendo maior do que o projetado. A empresa havia previsto redução entre 6% e 7% desde o fim da economia compulsória, em fevereiro, mas a demanda está entre 10% e 11% inferior ao consumo anterior ao racionamento. A baixa demanda está afetando as projeções de receita feitas pela distribuidora para o ano. Mas o executivo não detalhou os números do orçamento. Segundo Gaillard, o endividamento da Light não está sendo prejudicado pela volatilidade atual do dólar. "A dívida da empresa está totalmente ´hedgeada´ (protegida contra a variação do dólar) desde o início do ano, mesmo antes da operação de aumento de capital da empresa", disse. No fim de março, a controladora EDF decidiu fazer uma capitalização de US$ 1 bilhão na empresa, dos quais US$ 800 milhões por meio da conversão de empréstimos da matriz para a subsidiária. Com isso, o endividamento de US$ 2 bilhões cairia para US$ 1 bilhão. Na prática, o endividamento cairá para US$ 1,050 bilhão por conta da desvalorização do real entre a decisão do controlador e a confirmação da assembléia, em maio. Em reais, o valor da capitalização ficou, na época, em R$ 2,350 bilhões, que serão cumpridos, segundo a direção da empresa. Cerca de R$ 2,1 bilhões já foram convertidos pela EDF. Ontem, terminou o prazo para os minoritários manifestarem se acompanhariam ou não a capitalização. Os minoritários subscreveram 413 milhões de ações, o equivalente a R$ 42 milhões. Ontem, começou o prazo de cinco dias úteis, que vai até o próximo dia 20, da oferta ao mercado da subscrição equivalente aos R$ 218 milhões restantes. Caso não haja interesse na oferta, a EDF subscreverá a restante, o que a levaria a 95%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.