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Liminar suspende audiências da usina de Angra 3

Por LEONARDO GOY
Atualização:

O Ministério Público Federal (MPF) conseguiu no último dia 8 uma liminar na Justiça Federal de Angra dos Reis (RJ) para suspender as audiências públicas realizadas entre os dias 19 e 21 junho de 2007, promovidas pelo Ibama sobre o processo de licenciamento ambiental da usina nuclear de Angra 3. Segundo o assistente da presidência da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, o MPF argumenta que as audiências públicas contêm "vícios legais". "São apenas detalhes formais, mas vamos entrar com Agravo até o fim do mês para recorrer da decisão", disse. Guimarães afirmou que, por precaução, a Eletronuclear e o Ibama estão se articulando para realizar três novas audiências no final de março deste ano, nas mesmas cidades onde ocorreram as reuniões de junho passado (Angra dos Reis, Paraty e Rio Claro) para o caso de o recurso não ser aceito ou demorar para ser aceito pela Justiça. "Não queremos atraso. Cada dia que a usina não operar representa uma perda de faturamento de R$ 3,5 milhões", disse o executivo. Guimarães afirmou ainda que a Eletronuclear esperava a emissão da licença prévia pelo Ibama no final de janeiro. Mas, segundo ele, a liminar deve atrasar todo o processo em pelo menos dois meses. Pelo cronograma original, após a obtenção da licença prévia, em janeiro, a licença de instalação sairia até o final de abril; os trabalhos preparatórios do canteiro começariam em maio e o "marco zero" da obra - que é a concretagem da fundação do prédio do reator - ocorreria a partir de setembro. Agora, segundo Guimarães, a concretagem deve ocorrer somente em novembro. Entretanto, a Eletronuclear mantém a expectativa de que a usina comece a funcionar em 2014, mas em julho, e não em maio, como previsto inicialmente. Quando estiver concluída, Angra 3 terá potência instalada de 1.350 megawatts (MW).

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