PUBLICIDADE

Publicidade

Linha branca aposta em renovação de IPI reduzido

Empresários se reúnem com Mantega e esperam manter benefício até o fim do ano

Foto do author Adriana Fernandes
Por Adriana Fernandes , Renata Veríssimo e BRASÍLIA
Atualização:

Os fabricantes de geladeiras, fogões e outros eletrodomésticos estão confiantes na prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido para os produtos da chamada linha branca. Depois de uma longa reunião ontem com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, representantes do setor mostraram-se animados com a possibilidade de o governo anunciar na sexta-feira a extensão do benefício.O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, disse que, apesar de o ministro não ter prometido a renovação, o setor mostrou a importância da redução do IPI para o aumento de vendas e do emprego. Barbato disse que a indústria demonstrou, com números, que houve repasse do incentivo para os preços finais dos produtos.Segundo o executivo, houve um aumento de 8,5% nas vendas do segmento no primeiro semestre deste ano na comparação com igual período do ano passado, enquanto o setor eletroeletrônico, como um todo, teve uma queda de vendas de 10% no período. "Imagina se não tivéssemos desoneração. A queda do setor todo teria sido maior", afirmou Barbato.O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, que também participou do encontro, disse que "a renovação do benefício é importante para a manutenção dos empregos e das vendas". O setor defende a extensão do benefício até o fim do ano. Avaliação positiva. O Estado apurou que o ministro não estava satisfeito com o nível de repasse da redução de IPI para o consumidor final. Por isso, Mantega via com menos simpatia a prorrogação da queda do tributo para móveis e linha branca. Ontem, entretanto, o ministro mostrou que essa avaliação melhorou.Durante a reunião, Mantega fez uma avaliação positiva dos resultados obtidos até agora com a redução do imposto e voltou a afirmar que o ritmo de crescimento voltará a ganhar fôlego. Segundo ele, o País terá condições de crescer entre 4% e 4,5% em 2013. Agora, a preocupação do ministro é saber se a manutenção do IPI menor terá efeitos positivos para a economia. Os executivos que estiveram ontem na Fazenda foram unânimes em dizer que haverá efeitos.Outros setores. Empresários dos setores de material de construção, móveis e varejo foram mais cautelosos. O presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Claudio Conz, disse que Mantega recebeu um balanço de todas as entidades e avisou que vai fazer uma análise dos dados antes de tomar uma decisão.Nesse segmento de material de construção, o problema, no curto prazo, é de financiamento, já que a redução de IPI tem validade até 31 de dezembro. Conz informou que o setor também pediu ao governo a inclusão de mais 50 itens na lista de produtos desonerados, mas já sabe que o ministro não aceitará a inclusão de todos os produtos. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), José Luiz Diaz Fernandez, pediu a prorrogação da redução do IPI até o fim do ano. Para móveis, o benefício vale até 30 de setembro. Segundo ele, o setor tem apresentado crescimento nas vendas, no emprego e no faturamento.Montadoras. Mantega recebe hoje representantes das montadoras e do setor de bens de capital. Assim como os produtos da linha branca, o incentivo para automóveis termina na sexta-feira.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.