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Lira chama novo ministro de Minas e Energia para discutir altos reajustes na conta de luz

Na reunião, na residência oficial de Lira, os líderes vão tratar da votação do projeto de decreto legislativo que suspende os aumentos de energia já concedidos no Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte e pode ter efeito geral

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Por Adriana Fernandes
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), está programando para amanhã uma grande reunião para discutir com os líderes da base do governo o aumento das tarifas de energia elétrica. O novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foram convidados.

Na reunião, na residência oficial de Lira, os líderes vão tratar da votação do projeto de decreto legislativo que suspende os aumentos de energia já concedidos no Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte e pode ter efeito geral. Ou seja, atingir outros aumentos já autorizados pela Aneel.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, quer discutircom o novo ministro de Minas e Energia e com representantes da Aneel sobrenovos aumentos na conta de luz Foto: Dida Sampaio/Estadão - 08/12/2021

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Em reunião com aliados nesta terça-feira, Lira disse que os aumentos já concedidos eram muito altos, mas ponderou que o tema era delicado porque envolvia contratos assinados com as empresas. As distribuidoras não aceitam a suspensão dos contratos já concedidos e ameaçam judicializar caso o projeto seja aprovado.

A tramitação do projeto está em regime de urgência depois que requerimento para agilizar a votação foi aprovado por ampla maioria dos deputados.

Em ano de eleição, parlamentares pressionam Lira para colocar em votação o decreto. Os parlamentares apresentaram na Comissão de Minas e Energia da Câmara uma série de requerimentos para convocar o ministro Sachsida para falar sobre a alta da energia elétrica e dos combustíveis.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, a proximidade do cronograma de reajustes de energia elétrica das distribuidoras que atendem os dois maiores colégios eleitorais do País - Cemig (Minas Gerais) e Enel Distribuição (antiga Eletropaulo), de São Paulo - pressiona o novo ministro de Minas e Energia a buscar alternativas para travar a alta na conta de luz. Bolsonaro cobra a redução de energia. Ele chegou a prometer 20% de queda na conta de luz, mas com os reajustes programados das distribuidoras a queda deve ficar em torno de 6%.

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