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Lira diz que 2021 tem 'tempo de sobra' para reformas e detalha calendário

Segundo o presidente da Câmara, em dois meses a Casa deve entregar a reforma administrativa

Por André Ítalo Rocha
Atualização:

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), se reuniu noite de quinta-feira, 25, com representantes de bancos e disse a eles que o ano de 2021 terá "tempo de sobra" para fazer transformações, destacando que o primeiro semestre será vital para avançar com a agenda de reformas, uma vez que o ambiente se torna mais difícil à medida que se aproximam as próximas eleições, previstas para o ano que vem.

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"É muito mais fácil fazer reformas no primeiro biênio (de mandatos presidenciais), mas perdemos essa oportunidade, com acotovelamentos, discórdias, falta de gestos (políticos) e falta de relacionamento apropriado entre poderes. Mas não podemos olhar para trás. Eu acredito muito que 2021 terá tempo, tempo de sobra, para fazer as transformações", disse o parlamentar, em vídeo gravado pela Febraban ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso.

Segundo ele, Câmara e Senado se dividiram para tocar a agenda de reformas. Os senadores, Lira espera, devem enviar aos deputados, na semana que vem, o pacto federativo e a PEC emergencial, enquanto a Câmara se apressa para instalar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que discutirá a reforma administrativa.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL). Foto: Gabriela Biló/Estadão - 25/2/2021

"Se o Senado nos manda na próxima semana, em 10, 15 ou 20 dias, dependendo de termos instalado as comissões ou não, integraremos também o pacto federativo e a PEC emergencial", afirma Lira, que prevê uma entrega de "maneira simbólica" da reforma administrativa em um prazo de três meses, a contar das posses dos presidentes das duas casas. "Em dois meses entregaremos a administrativa ao Senado e eles, com mais um mês, pois lá o trâmite é mais simplificado."

A reforma tributária, por ser mais sensível, deve ter prazo mais longo para ser concluída, de seis a oito meses, estima Lira. "É uma discussão mais técnica, mais apurada, com efeitos mais contundentes para a economia, que detém uma gama de inquietudes, que precisam ser bem esclarecidas, com interesses de muitos entes, Estados, municípios, setores produtivos, varejo e serviços", diz.

No vídeo, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, afirma que o cronograma passado por Lira gera expectativas positivas. "Para que possamos ter o caminho para destravar a pauta que estava travada no Congresso, que possamos ter a atração de investimentos e a retomada da economia."

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