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Colunistas do Estadão lançam 'Reconstrução', livro sobre políticas públicas para o pós-pandemia

Publicação já está nas livrarias e será lançada nesta terça-feira no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em Brasília

Foto do author Adriana Fernandes
Por Adriana Fernandes
Atualização:

BRASÍLIA - O momento mais agudo da pandemia de covid-19 em 2020, com a ausência de vacinas, o aumento de mortes e o desespero daquele momento de profunda tristeza com o impacto da doença no País, sobretudo entre os mais pobres, uniu jovens pesquisadores para discutir os rumos do Brasil.

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Das conversas virtuais quinzenais e depois semanais, que funcionaram em muitos casos como uma válvula de escape para a situação difícil de isolamento social, surgiu mais tarde a ideia de organizar um livro de ensaios com propostas de políticas públicas.

Um ano e meio depois, Reconstrução – o Brasil nos anos 20, publicado pela editora Saraiva, já está nas livrarias e será lançado hoje no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).

O livro 'Reconstrução – o Brasil nos anos 20' debate sobre o futuro transformado pela pandemia Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 05/10/2021

A escolha da capital do País para o lançamento inicial é proposital. Os organizadores do projeto – os economistas Felipe Salto e Laura Karpuska (ambos colunistas do Estadão) e o jornalista João Villaverde – esperam que os artigos sirvam de ponte para o fortalecimento do debate das propostas durante a campanha eleitoral.

Um debate sobre o futuro transformado pela pandemia, mas com o olhar para as políticas que deram certo no passado, diagnósticos e propostas efetivas de políticas.

“Além de oferecer contexto histórico e análise, cada capítulo apresenta propostas, que poderão servir de base para o debate eleitoral deste ano, já em andamento e ganhando espaço nas várias mídias, mas ainda carente de substância”, diz o economista Armínio Fraga, que escreve a orelha do livro. Ele diz que já passou da hora de uma virada na direção de um desenvolvimento econômico e social nunca alcançado pelo Brasil.

A coletânea faz parte da série de políticas públicas do IDP. São 31 pesquisadores, que escrevem 20 capítulos com artigos com temas diversos.

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Autores nasceram na redemocratização

O que une grande parte dos autores de Reconstrução – o Brasil nos anos 20 é a idade, entre 35 anos e 40 anos, com pensamento plural, passando pela centro-direita, centro-esquerda e esquerda. Eles fazem parte de uma nova geração que nasceu antes da Constituição de 1988, mas após o período militar com a redemocratização do País.

Um roteiro escrito com uma linguagem fácil e uma estrutura que permite ao leitor não familiarizado com os temas encontrar o que precisa para se situar no espaço dos debates, como destaca Persio Arida, que assina o prefácio. “Para quem, como é o meu caso, acaba de chegar aos 70 anos, a emergência de uma nova geração, engajada nos debates públicos e capaz de trabalhar com profundidade cada tema, renova a esperança no futuro do País”, diz Arida.

“A reconstrução que aqui propomos não se confunde com retomada. Não é nosso desejo voltar ao estado de coisas pré-Bolsonaro, tão somente”, avisam os três organizadores na apresentação.

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Segundo Felipe Salto, que dirige a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, é possível pensar em propostas novas, combinando coisas boas do passado e as novas que surgem para um desenvolvimento com inclusão num período pós-governo Bolsonaro.

Ex-repórter do Estadão, João Villaverde destaca que o livro nasceu de uma angústia de ver como foi fácil destruir uma série de políticas públicas, instituições públicas e valores democráticos. “Tão fundamental como a crítica do que ocorre é a ideia das propostas”, diz Villaverde, professor de Administração Pública na FGV-SP.

Para Laura Karpuska, Reconstrução é um projeto que vai além do livro. “É sobre pensar o Brasil através de cabeças que tiveram bagagens, formações e até vontades diferentes. A reconstrução do País passa pela diversidade de pensamento daqueles que respeitam a democracia e as instituições democráticas”, ressalta.

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