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Lloyds: analise dívidas indexadas ao dólar

Segundo analista do Lloyds, diante dos picos de alta que o dólar atingiu durante essa semana, consumidores que têm dívida atrelada à moeda norte-americana temem a oscilação do câmbio e não sabem se devem ou não quitar suas dívidas.

Por Agencia Estado
Atualização:

Diante da alta de 4,61% acumulada pelo dólar comercial este mês, consumidores com dívida indexada à moeda norte-americana têm dúvida sobre a conveniência de antecipar ou não a quitação. Com a antecipação, o consumidor ganhará, se o dólar continuar em alta, e perderá, se o câmbio voltar a ceder. Estão nessa situação titulares de cartão de crédito que fizeram compras no exterior e consumidores que têm leasing em dólar. Analistas alertam que o dólar já subiu muito e poderá acomodar-se, mas não há como prever isso com segurança porque as oscilações vão depender do rumo da crise argentina. "Há risco em manter dívidas em dólar", avalia Odair Abate, economista-chefe do Banco Lloyds TSB. Para quem deve parcelas de leasing em dólar e está pagando valor reajustado pelo INPC, por decisão judicial, o mais indicado é fazer a reserva da diferença em um fundo cambial, para quitar eventual resíduo. Crise argentina afeta, porém com menos agressividade O risco de contágio da crise Argentina para outros países emergentes existe, mas é hoje bem menor do que era no passado. A avaliação é do atual presidente do Lloyds para o Brasil, David Thomas. "A experiência mostra que, quando há problemas com países emergentes, existe algum grau de contágio para os demais, como ocorreu nas crises asiática, russa e mexicana, mas, a meu ver, já existe um amadurecimento dos mercados para diferenciar os países", afirma Thomas. Com as medidas anunciadas nesta semana pelo governo argentino, a idéia foi dar um estímulo fiscal para melhorar o desempenho, o que é "interessante", mas não soluciona o problema de competitividade interna, explica o executivo. Ele destaca que é preciso continuar caminhando para tornar flexível o mercado de trabalho na Argentina, melhorar a competitividade e torcer para que ocorra crescimento regional no Brasil.

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