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Lloyds: Selic deve subir para 17,25% ao ano

A preocupação do BC com o cumprimento da meta de inflação será o principal motivo para a alta da Selic, segundo relatório do Lloyds TSB. A perspectiva é de um aumento de 0,5 ponto porcentual.

Por Agencia Estado
Atualização:

Boletim semanal divulgado pelo Lloyds TSB revela a aposta dos executivos da instituição em uma alta de 0,5 ponto porcentual na taxa básica de juros (Selic). O Comitê inicia sua reunião mensal hoje, mas o resultado só deve ser anunciado amanhã. "Olhando para a meta inflacionária de 2002 e considerando a contínua desvalorização do real e os sinais ainda muito preliminares dos efeitos do racionamento de energia sobre a demanda, o Copom deve voltar a elevar os juros básicos de 16,75% para 17,25% ao ano nesta semana", traz o boletim. O estudo mostra os motivos para a alta da Selic são os mesmos que determinaram as altas anteriores, implementadas a partir de março: a inflação está elevada e o Banco Central (BC) está atento ao cumprimento da meta de inflação deste ano, que é de 4% - com possibilidade de alta ou baixa de dois pontos porcentuais - e também à meta estabelecida para 2002, de 3,5%. Pelo boletim, os economistas da instituição acreditam que, "como as tarifas devem exercer uma pressão considerável nos próximos meses e a taxa de câmbio continua apresentando uma forte desvalorização, a autoridade monetária deve optar por uma nova alta dos juros". Alta maior provocará desaquecimento forte O estudo também mostra que o Lloyds TSB acredita que uma elevação da taxa Selic superior a 0,5 ponto porcentual será precipitada, pois isso pode provocar um desaquecimento muito forte da economia brasileira. "Existem boas chances de estarmos nos aproximando do limite de alta dos juros, pois a propensão a consumir e a confiança dos agentes econômicos está cedendo, o que acabará se refletindo no nível da demanda", mostra o boletim.

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