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Lobão: crise não afeta projetos do PAC

Por Wellington Bahnemann
Atualização:

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não serão afetados pela crise no mercado financeiro global, que escasseou a disponibilidade de crédito para as empresas. "O PAC não será interrompido. Ele será mantido com recursos que já estão previstos e, se for necessário, com outras fontes de recursos. O setor energético não terá nenhum problema", disse Lobão, que participou hoje do 9º Encontro de Negócios de Energia, promovido pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). Cerca de 50% dos investimentos do PAC são na área de energia. Questionado sobre quais seriam as outras fontes de recursos, Lobão comentou que o governo federal poderia utilizar as reservas do País para suportar os projetos do PAC. "Nós temos reservas de R$ 200 bilhões (sic), que poderemos lançar mão de alguma coisa sempre", disse o ministro; as reservas, na verdade, são de US$ 200 bilhões. Além dessa fonte de recurso, Lobão ainda lembrou que as exportações brasileiras estão bastantes elevadas. "O mundo inteiro quer emprestar dinheiro para o Brasil", acrescentou o ministro. Lobão disse que recebeu, recentemente, visita do presidente do banco de desenvolvimento da China interessado em disponibilizar recursos para o Brasil. "Há capitais árabes que querem vir para o Brasil. Os Emirados Árabes querem investir fortemente no setor energético no Brasil", afirmou o ministro, garantindo que o País terá "muitas alternativas" e não faltarão recursos para o setor elétrico. Leilão Lobão afirmou que o leilão de transmissão do Rio Madeira está mantido para o dia 31 de outubro, apesar da pressão das empresas do setor para o adiamento do certame por causa da crise no mercado financeiro global, que diminuiu a oferta de crédito. "O leilão está mantido", disse. Para justificar a manutenção da realização do leilão, o ministro disse que recentemente o governo federal promoveu o leilão de energia nova que contratou a demanda de 2013 (A-5) com grande sucesso. "Antes do leilão, fomos procurados por investidores dizendo que não iriam participar. Estes, de fato, não vieram. Mas o que aconteceu? Outros investidores compareceram e a competição foi acirrada. Sempre haverá interessados", afirmou. Lobão acrescentou ainda que não faltarão recursos para o setor elétrico brasileiro neste momento de crise. "Sempre haverá capital disponível e isso terá que se ser aplicado em alguma coisa. No Brasil, investimento no setor elétrico é algo absolutamente seguro", disse. Apesar do discurso, o ministro comentou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem autonomia para alterar a data do leilão. "Se a Aneel quiser, não tem nada contra", disse. As linhas de transmissão do Rio Madeira são fundamentais para o sistema elétrico, já que escoarão a energia produzida pelas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio para todo o Brasil. As duas usinas estão previstas para entrar em operação por volta de 2012.

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