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Lobão defende Belo Monte e diz que atraso ‘custará ao povo brasileiro’

Obras da usina podem ser paralisadas por ordem da Justiça e atrasar cronograma em um ano 

Por Anne Warth e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, fez uma defesa da usina hidrelétrica de Belo Monte nesta segunda-feira, 20. As obras da usina podem ser paralisadas em razão de uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que deve notificar nesta semana a Norte Energia. "Essa decisão não foi determinada pela Justiça, e sim por uma instância da Justiça", afirmou o ministro. "Nós temos recursos a outras instâncias, é o que se faz num regime democrático como o nosso. Nós temos esperança de que esse será um assunto a ser brevemente resolvido, assim como foram os demais em circunstância semelhantes."

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O ministro alertou para o fato de que a solução deve ser rápida. Caso contrário, o período de chuvas na região terá início, o que obrigará a empresa a atrasar a construção da usina. "Se nós não conseguirmos uma solução rápida, teremos esse problema grave, o que não é bom para ninguém. Se perdermos a janela hidrológica e perdermos um ano na construção de Belo Monte, isso tudo custará ao povo brasileiro."

Lobão defendeu a matriz hidrelétrica que, segundo ele, é a forma mais limpa, renovável e barata de geração de energia. De acordo com ele, os impactos ambientais devem ser mínimos na região de Belo Monte. "Belo Monte tem o menor impacto ambiental do mundo, proporcionalmente à sua potência."

O desembargador Souza Prudente, do TRF-1, alegou, em seu relatório, que as comunidades nativas da área da Grande Volta do Rio Xingu não foram ouvidas antes do decreto legislativo que autorizou o início do processo de concessão, em 2005. A empresa ainda não foi notificada e, por isso, as obras permanecem.

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